Nova York, 13 - Por conta da atividade econ�mica enfraquecida e do cen�rio ainda incerto no curto prazo, a Gerdau s� espera alguma retomada da demanda por a�o no Brasil em 2016. Diante disso, a aposta � no crescimento dos pedidos nos Estados Unidos, considerado hoje pela sider�rgica o melhor mercado para o segmento no mundo.
A afirma��o foi feita ontem pelo presidente da companhia, Andr� Gerdau Johannpeter, em entrevista na sede da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), onde a empresa brasileira fez evento fechado para cerca de 100 investidores e analistas.
Quando a Gerdau divulgou o balan�o do primeiro trimestre, com lucro em queda anual de quase 40%, a expectativa da companhia ga�cha era de que a demanda por a�o no Brasil fosse apresentar alguma recupera��o a partir do segundo semestre, mas a expectativa n�o deve se confirmar.
"Desde nosso an�ncio de resultados, a situa��o no Pa�s n�o melhorou e at� alguns n�meros pioraram em determinados setores, como automotivo, constru��o, m�quinas e equipamentos", disse Johannpeter. "O que se esperava para o segundo semestre pode ser que s� aconte�a no ano que vem", ressaltou. "Neste momento estamos com PIB (Produto Interno Bruto) negativo, infla��o em 8,5% e juros subindo. � um cen�rio de conten��o."
Enquanto a situa��o piora no Brasil, as perspectivas para os Estados Unidos, mercado que representa 40% da capacidade instalada da Gerdau, s�o bem melhores. "A Am�rica do Norte � nosso melhor mercado hoje", disse o empres�rio, destacando que isso mostra a estrat�gia acertada da empresa de buscar maior diversifica��o geogr�fica das opera��es. A companhia opera em 29 Estados dos EUA e ainda tem neg�cios no Canad�, com um total de 11 mil funcion�rios na regi�o e mais de 100 unidades, incluindo usinas e f�bricas.
No mercado americano, um dos setores que mais crescem � o de constru��o comercial, como pr�dio de escrit�rios e shoppings, que demanda bastante a�o. Al�m disso, as vendas de ve�culos, ao contr�rio do Brasil, t�m batido recordes mensais.
Altos-fornos
. Apesar da demanda fraca esperada para este ano no Brasil, a Gerdau n�o tem planos por enquanto de desligar altos-fornos, como fez a concorrente Usiminas, que desligou nas �ltimas semanas dois fornos para ajustar sua produ��o � piora do mercado de a�o no Pa�s, no que � considerada por empres�rios do setor a pior crise desde 2009.