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Estado de Minas

Pacote de infraestrutura pode render bilh�es em seguros


postado em 14/06/2015 08:19

S�o Paulo, 14 - Os mais de R$ 198 bilh�es do novo pacote de concess�es de infraestrutura do governo, lan�ado na semana passada, s�o uma oportunidade bilion�ria para reaquecer o mercado de seguros de grandes riscos. H�, contudo, receio por parte de seguradoras e resseguradoras, conforme executivos ouvidos pelo Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, quanto �s obras que efetivamente sair�o do papel uma vez que no passado boa parte dos empreendimentos anunciados como, por exemplo, o trem de alta velocidade (TAV), n�o foram executados.

Com leil�es de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, a segunda fase do Programa de Investimento com Log�stica (PIL) tende a movimentar bilh�es em seguros de garantia (que garantem que uma obra seja conclu�da conforme previsto em contrato), de engenharia, riscos operacionais, transportes. Uma fonte diz que alguma repercuss�o para a ind�stria de seguros pode ocorrer neste ano, mas nada que mude sobremaneira o volume de neg�cios uma vez que boa parte dos projetos � para 2016.

Valores exatos em pr�mios de seguros ainda s�o dif�ceis de serem mensurados j� que um cronograma mais preciso de licita��es ainda n�o foi divulgado e � ansiosamente aguardado pelo mercado. "Rodovias e aeroportos j� t�m modelos de concess�o que tiveram relativo sucesso no passado e s�o obras mais simples, o que significa que a licita��o e a contrata��o dos seguros devem acontecer relativamente r�pido", diz Guilherme Perondi, vice-presidente da resseguradora da alem� Allianz (AGCS).

Segundo ele, a expectativa � de que as concess�es de rodovias e aeroportos gerem ap�lices ainda neste ano. Ferrovias e portos v�o depender, conforme Perondi, do modelo final a ser adotado pelo governo. Sendo assim, 2015 pode terminar sem um volume elevado de contratos para grandes riscos. De janeiro a abril, o segmento, sem considerar aeron�utico e mar�timo, n�o cresceu sequer 4%, com menos de R$ 2 bilh�es em pr�mios em 12 meses, segundo dados da Superintend�ncia de Seguros Privados (Susep). A expans�o vem desacelerando. No ano passado, grande risco cresceu 9,8%, abaixo do ritmo de 2013, de 13,5%.

Apesar de boa parte das obras ainda n�o ter projeto executivo, o an�ncio do pacote de concess�es foi bem recebido pelo mercado de seguros. "Os investimentos em infraestrutura s�o uma boa not�cia. A Ace est� acompanhando os desenvolvimentos do pacote para estar pronta para atender eventuais seguros desses novos projetos anunciados", avalia Antonio Trindade, presidente da Ace Seguradora no Brasil, em entrevista ao Broadcast.

L�der em grandes riscos, a companhia americana refor�ou sua aposta neste segmento ao adquirir a carteira do Ita� Unibanco no ano passado por R$ 1,5 bilh�o. O investimento foi na contram�o de outras empresas que, decepcionadas pelo baixo volume de neg�cios no setor e � exposi��o a riscos vultosos, preferiram deix�-lo.

A SulAm�rica, que viu duas ap�lices bilion�rias, uma da hidrel�trica de Jirau e outra de um terminal portu�rio da Companhia Sider�rgica Nacional (CSN), virarem brigas judiciais, vendeu sua carteira de grandes riscos para a francesa Axa no m�s passado por R$ 135 milh�es. J� a inglesa RSA, cujos rumores apontam sua sa�da do Brasil, tamb�m deixou este mercado, mas, preferiu deixar de renovar as ap�lices em vez de pass�-las para as m�os de outro.

Apesar de ter frustrado a expectativa de algumas seguradoras, o segmento de grandes riscos ainda atrai interessados, como a Ace, por conta do potencial do segmento de infraestrutura no Brasil. Silvia Vergara, superintendente de seguro garantia e project finance da corretora de seguros Marsh Brasil, lembra que h� menos players no segmento, mas com capacidade suficiente para segurar os bilh�es em obras de infraestrutura uma vez que contam com respaldo do mercado internacional de resseguro.

Um deles � a japonesa Tokio Marine. Depois de perder a disputa pela carteira do Ita�, a seguradora ativou um plano B, com foco em crescimento org�nico, para o qual refor�ou o time de executivos. "Apesar de R$ 56 bilh�es estarem relacionados a projetos de dif�cil aceita��o na iniciativa privada, como a (ferrovia) Bioce�nica, h� outros mais completos que v�o servir de mola propulsora para o mercado de seguros de grandes riscos", analisa Jos� Adalberto Ferrara, presidente da Tokio Marine no Pa�s. "Estamos preparad�ssimos", acrescenta.

Mesmo que somente parte dos R$ 198 bilh�es em investimentos se tornem realidade, segundo James Hodge, diretor de constru��o da corretora de seguros Willis, 30% deste montante j� t�m for�a para aquecer o mercado de seguros de grande risco, que tamb�m sofreu reflexos da Opera��o Lava Jato com atraso em obras. Grandes projetos, de acordo com ele, sempre mudam o ritmo do mercado e h� potencial de o crescimento acelerar para 30%, 40% no ano que vem. Vai depender, por�m, da materializa��o dos mesmos.


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