
Nos primeiros meses do ano letivo, os jovens foram convidados a apresentar suas ideias. De cara, 42 projetos foram inscritos em diferentes �reas. Desse total, 29 s�o propostas para a cria��o de aplicativos variados para celular e tablet. Parte dos grupos ser� selecionada para participar de oficinas. “Esse gosto pela inform�tica e pelo mundo digital est� dentro do mundo deles”, afirma o padre Germano, diretor-geral da escola. Ao t�rmino, entre seis e 10 equipes ser�o escolhidas para desenvolver o projeto ao longo do ano.
Estes ser�o instru�dos por mentores da Funda��o Dom Cabral (FDC) e participar�o de apresenta��es com empres�rios e palestrantes sobre temas relacionados aos projetos. Aqueles n�o selecionados tamb�m poder�o ir �s palestras. O col�gio disponibilizou uma sala com a tecnologia e a bibliografia necess�rias para os estudos. Na primeira edi��o, a tem�tica dos projetos foi livre. Mas, nos pr�ximos anos, a inten��o � estabelecer �reas a serem pesquisadas. Em pauta, inova��o educacional e socioambiental, entre outros.
A ideia de cria��o de um projeto voltado para o empreendedorismo no col�gio teve in�cio depois de uma excurs�o de alunos do ensino m�dio para Boston. Os estudantes visitaram tr�s institui��es de ensino superior renomadas na regi�o (Boston College, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ou MIT, e Harvard) para conhecer as rela��es das universidades com a tem�tica. L�, participaram de um curso no Laborat�rio de Inova��o de Harvard, espa�o balizador para o iLO. “L�, vendo os meninos lidar com os problemas, tivemos a ideia. Temos a preocupa��o de criar uma forma de motivar os alunos e faz�-los ver o ensino sob outra perspectiva”, afirma padre Germano. A conclus�o dos projetos ser� apresentada em novembro, na feira de conhecimento do col�gio.
Em meio a questionamentos mundiais sobre o rumo a ser seguido pela educa��o, o padre diz ser preocupa��o do col�gio disseminar “o germe da curiosidade e da investiga��o”, estimulando a cultura do trabalho de grupo, de debates e comunica��o. Os resultados da viagem aos Estados Unidos j� mostram alunos com outros olhares em rela��o � educa��o, mais envolvidos com o planejamento da carreira, segundo Germano.
O coordenador do N�cleo de Inova��o e Empreendedorismo da Funda��o Dom Cabral, Carlos Arruda, afirma que o modelo adotado no projeto quebra um pouco da rigidez da sala de aula e permite ao aluno desenvolver conhecimento, e n�o apenas absorv�-lo. Isso sem fugir do rigor acad�mico do Minist�rio da Educa��o. “No modelo educacional, o aluno � orientado para o certo e o errado. Esse exerc�cio de transformar a ideia em pr�tica permite o desenvolvimento de lidar com incertezas”, afirma. Arruda considera que isso permitir� ganhos mesmo se ele seguir profiss�es tradicionais, como m�dico e engenheiro.