S�o Paulo, 15 - O novo pacote de concess�es em infraestrutura anunciado na semana passada pelo governo federal, dentro da segunda etapa do Programa de Investimento em Log�stica (PIL), sofreu cr�ticas de representantes do setor de transportes durante evento nesta segunda-feira, 15, sobre infraestrutura na capital paulista. As cr�ticas se concentraram na viabilidade do programa e na falta de detalhamento.
O coordenador do n�cleo de Log�stica, Supply Chain e Infraestrutura da Funda��o Dom Cabral, Paulo Resende, afirmou que 80% dos projetos previstos no an�ncio devem ficar para os pr�ximos governos e criticou a falta de planejamento de longo prazo do pacote. "Eliminaram o planejamento de longo prazo e passaram a ter projetos de infraestrutura em que o risco � excepcional para quem est� envolvido", afirmou. "O pacote n�o passa de um an�ncio de sobreviv�ncia pol�tica", acrescentou.
Resende apontou ainda que o investimento em infraestrutura est� "contaminado" pela Opera��o Lava Jato. "Os principais players t�m outras preocupa��es que n�o a de participar de concess�o. Acho at� que n�o deveriam participar", disse, defendendo a entrada de grupos estrangeiros.
O professor da Funda��o Dom Cabral defendeu tamb�m a retirada "imediata" da Valec dos investimentos em ferrovias, por avaliar que a estatal n�o atende � capacidade de demanda como o setor privado.
J� o presidente executivo da Associa��o Nacional dos Usu�rios de Transporte de Cargas (Anut), Lu�s Henrique Teixeira Baldez, criticou a falta de detalhamento dos projetos. "O setor privado quer previsibilidade", avaliou. "Primeiro precisamos saber em que p� est�o os projetos."
Ele tamb�m ponderou que, dependendo do projeto, o governo federal n�o deve cobrar a outorga. "Se � um trecho novo, n�o cabe cobrar outorga, quando o investidor privado vai fazer 100% do investimento. Se � um trecho inacabado, depende de como ele est� sendo conclu�do", afirmou.
Baldez ainda mostrou ceticismo em rela��o � viabilidade do cronograma de concess�es, principalmente de ferrovias. "O cronograma � irreal. N�o haver� ferrovias no curto prazo", disse.
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Pacote de concess�es � criticado em evento de infraestrutura
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