A estabilidade dos indicadores antecedente e coincidente da economia em maio n�o sinalizam um ponto de virada rumo � retomada da atividade porque a trajet�ria dos dois indicadores ainda refletem uma tend�ncia de queda muito clara. A avalia��o � do economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. "Os indicadores estabilizaram em n�veis muito baixos e est�o longe de indicar uma retomada", afirmou.
O especialista pontuou ainda que apenas um resultado na margem n�o � suficiente para sinalizar um movimento de revers�o. "Dentro da trajet�ria de queda, os indicadores t�m muitas oscila��es de curto prazo", destacou. O mesmo vale para a contribui��o positiva dos �ndices de confian�a de servi�os e do consumidor no Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE). "N�o � poss�vel olhar as expectativas dos agentes econ�micos na margem e avaliar que melhorou", disse. Para Picchetti, � necess�rio relativizar o avan�o em face � situa��o "muito ruim" da economia considerados os horizontes mais amplos medidos pelos indicadores.
O IACE para o Brasil permaneceu est�vel em maio, em 90,1 pontos, enquanto o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mede as condi��es econ�micas atuais, ficou inalterado em maio na marca de 103,7 pontos no quinto m�s do ano, segundo o Ibre e o Conference Board. Em suma, a estabilidade se explica, avalia o economista do Ibre, devido �s bases comparativas muito fracas. "Quando considerado o cen�rio mais amplo de implementa��o do ajuste monet�rio e de pol�tica monet�ria restritiva, a revers�o da trajet�ria de retra��o da economia parece ser improv�vel", disse Picchetti.