Com o processo de desinfla��o dos pre�os do atacado praticamente se encerrando, os custos do setor da constru��o foram o destaque da segunda pr�via de junho do �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M), que avan�ou 0,59%, como informou mais cedo a Funda��o Getulio Vargas (FGV), destacou Salom�o Quadros, superintendente adjunto da Superintend�ncia de Pre�os do Instituto Brasileiro de Geografia (Ibre/FGV).
O INCC-M, que mensura o custo da constru��o, avan�ou 1,67% na segunda pr�via de junho, ap�s registrar aumento de 0,30% na segunda pr�via de maio. "A grande diferen�a est� no INCC", afirmou Quadros.
Os custos da constru��o est�o subindo mais em junho por causa dos reajustes salariais do Rio e de S�o Paulo. Os empregados da constru��o de S�o Paulo t�m data-base de reajuste em maio, ent�o j� � normal o INCC de junho passar por uma acelera��o. A diferen�a, explicou Quadros, est� no caso do Rio: os trabalhadores cariocas da constru��o t�m data-base em mar�o, mas, neste ano, as negocia��es atrasaram e os aumentos s� foram concedidos na virada de maio para junho.
No caso do IPA-M, que representa os pre�os no atacado e subiu 0,35% na segunda pr�via de junho, em compara��o com a alta de 0,39% na segunda pr�via de maio, o c�mbio falou mais alto. Na passagem de abril para maio, por causa do fim de um ciclo de valoriza��o do d�lar, houve desacelera��o forte no IPA-M. Agora, com uma estabiliza��o maior do c�mbio, a tend�ncia � de a taxa de junho repetir a de maio.
Na infla��o ao consumidor, os pre�os dos alimentos continuaram chamando aten��o, mas Quadros destacou que algumas defla��es no atacado dever�o chegar logo ao varejo. O pre�o do tomate dentro do IPA-M, por exemplo, j� registrou defla��o de 12,4% na segunda pr�via de junho, ante infla��o de 1,64% na segunda de maio.
Ainda assim, por enquanto, a infla��o do grupo Alimenta��o no IPC-M, que mede a infla��o ao consumidor, acelerou de 0,49%, na segunda pr�via de maio, para 0,82% na segunda pr�via de junho. "Junho ainda vem forte em alimentos, mas a tend�ncia � esse movimento se enfraquecer", disse Quadros, destacando que, mesmo com um enfraquecimento da infla��o de alimentos no fim de junho e em julho, as varia��es tendem a ficar acima das verificadas em 2014.