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Estado de Minas LI��ES PARA DRIBLAR A CRISE

Donas de casa d�o dicas de onde eliminar gastos desnecess�rios


postado em 21/06/2015 00:12 / atualizado em 21/06/2015 07:32

Na linha de frente para o impacto que a retra��o na economia trouxe para o dia a dia, as donas de casa est�o, a duras penas, tra�ando novas rotas para fechar as contas no quinto dia �til do m�s. Elas, na maioria das vezes respons�veis pela organiza��o das casas, s�o as verdadeiras especialistas quando o assunto � driblar a crise. D�o a receita para novos planejamentos que evitem desperd�cios corriqueiros e gastos desnecess�rios. O corte pode ser feito nas marcas adotadas, no sacol�o escolhido ou simplesmente em costumes dispendiosos. Exemplo de redu��o de gastos, a secret�ria e tamb�m dona de casa Adalgisa Damasceno diminuiu a conta de �gua em mais de 60%, mesmo com o reajuste de tarifas, s� com a redu��o do uso da m�quina de lavar e outras medidas simples. Neste m�s, ela pagou o valor m�nimo da fatura.


Mudar o plano de telefonia celular. Agendar encontros caseiros com amigos em vez de ir para bares. Levar marmita para o trabalho. Trocar o carro pelo �nibus. Cortar o n�mero de visitas da faxineira. A lista de mudan�as poss�veis � extensa. Gastar tempo em pesquisa de pre�os, buscar alimentos da safra, aproveitar ofertas de produtos que n�o sejam perec�veis e n�o ter fidelidade a marcas s�o algumas das dicas da coordenadora institucional do Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais, Solange Medeiros de Abreu. “Tem que ter olho cl�nico. � preciso decorar os valores e boicotar pre�os altos”, afirma. Outro exemplo citado por ela � a aquisi��o de produtos de marcas de supermercado. Arroz, leite, a��car, papel higi�nico e outros s�o embalados por grandes redes varejistas e vendidos a pre�os muito menores. “Fica mais barato porque a marca n�o precisa ser explorada”, explica Solange.


O professor de finan�as do Ibmec Ricardo Couto considera a mudan�a de h�bito dos brasileiros a partir da crise “um efeito colateral ben�fico”. Depois da onda “gourmetizadora”, ele enxerga uma nova tend�ncia de “segrega��o” das redes de supermercado. Segundo Couto, haver� duas categorias de varejo: uma para a compra de produtos essenciais e outra para bens diferenciados. Leite, produtos de limpeza e outros itens que s�o encontrados em qualquer rede ser�o comprados onde estiverem mais baratos. “O baixo custo � valorizado. Agora o foco � 100% custo. O consumidor passa a procurar o estabelecimento mais barato, n�o o que fica mais perto de casa”, afirma.

 

GIN�STICA DE GRA�A
Estene Maria, atriz
Moradora do Bairro Padre Eust�quio

(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Aos 67 anos e horrorizada com os reajustes dos pre�os, Estene Maria conta que passou a pesquisar pre�os para tudo e nunca compra no primeiro lugar em que entra. “Ando muito de um lugar para outro para comprar mais barato”, diz a atriz. Al�m disso, ela come�ou a fazer atividades f�sicas que s�o oferecidas pela prefeitura em espa�os p�blicos. “Em vez das academias, fa�o aulas de dan�a e uso os aparelhos de gin�sticas das pra�as da cidade. � uma forma de me cuidar e tamb�m de economizar”, afirma. Outra dica, segundo ela, est� no sal�o de beleza. “Em vez de pagar para pintarem meu cabelo, agora, levo a tinta e eles pintam. Sai bem mais barato”, garante.

 

 

CONSCI�NCIA PARA ECONOMIZAR
M�rcia Aparecida Mour�o, dona de casa
Moradora do Bairro Ipanema

(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
M�e de dois filhos – Pedro, de 11 anos, e Samuel, de 13 –, a dona de casa M�rcia Aparecida Mour�o relata que j� deixou de comprar roupas de marcas com pre�os altos. “Os dois est�o conscientes e sabem que presentes s�o apenas em dias especiais, como anivers�rio e Natal. Compramos as roupas de marca em lojas outlet, onde uma chuteira que custa R$ 100 em um com�rcio normal, por exemplo, pode ser encontrada por R$ 40. Estou sempre de olho nas promo��es”, revela. Outra solu��o para economizar foi colocar, em casa, placas de energia fotovoltaica (energia el�trica obtida a partir de luz solar). “Esperamos, com isso, economizar mais de 50% na energia. A reforma est� custando muito, mas sabemos que haver� um retorno bom l� na frente”, diz.

 

ANOTAR PARA CORTAR
Ana Paula Guedes, arquiteta
Moradora do Bairro Funcion�rios

(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Com um smartphone em m�os, Ana Paula Guedes, de 45 anos, tem o controle de tudo aquilo que gasta. Desde o ano passado, ela e o marido anotam tudo o que compram e, assim, sabem ao certo o que tem pesado mais nas contas. “A retra��o na economia tem deixado o clima muito sombrio. H� muitas incertezas e o melhor � termos os gastos todos anotados”, diz. Com isso, ela observou que o aperto era maior na parte da alimenta��o. “Ent�o, como somos s� nos dois em casa, deixamos de comprar verduras que se perdem r�pido e optamos por mais frutas. Almo�amos fora todos os dias, e, com isso, como verduras em restaurantes e vale mais a pena.” Ela diz ter uma planilha de Excel com todos os seus custos di�rios. “Meu marido faz o dele e eu o meu. Com esse controle, estamos conseguindo economizar cortando o que � desnecess�rio”, afirma, dizendo que evita finaciamentos e a troca de carros e celulares a cada ano. “S� troco quando � extremamente necess�rio”.

 

PESQUISAR � PRECISO
Camila M�rcia Paraguai, t�cnica de laborat�rio
Moradora do Bairro Dom Bosco

(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Em busca de melhores pre�os, Camila deixou o comodismo de comprar perto de casa para procurar sacol�es e a�ougues na periferia. “O que percebo � que n�o tem como comprar muita coisa mais. Fui ao sacol�o e comprei quase nada com R$ 30”, afirma. A mesma compra, segundo ela, custaria a metade do pre�o caso ela tivesse ido pr�ximo ao trabalho do marido, em um aglomerado. Isso sem perder a qualidade dos produtos, garante a t�cnica de laborat�rio. Com um filho de 2 anos, os gastos aumentaram consideravelmente. Ela e o marido aproveitam parte da �gua do banho e da m�quina de lavar roupas para fazer atividades secund�rias. At� os banhos do filho t�m sido regrados.

 

COLOCAR NA BALAN�A
Ant�nia Vieira Chavez, aposentada
Moradora do Bairro Funcion�rios

(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Diante do aperto no or�amento, a dona de casa Ant�nia Vieira, de 85 anos, colocou na balan�a o que valia a pena ou n�o. Nesta listagem, a faixineira semanal foi cortada. “N�o podia dispensar as duas cuidadoras que ficam comigo. Ent�o, passei a pagar a mais para elas para que fizessem o mesmo trabalho da diarista”, conta. Al�m desse ajuste, ela tamb�m passou a substituir alimentos. “Agora, n�o fa�o mais compras no supemercado toda semana, mas, sim, a cada 15 dias, e passei a diminuir nas verduras, que est�o muito caras”, diz. Outra receita de Ant�nia para economizar nas contas dom�sticas � dormir cedo. “Assim, gasto menos com luz e tenho uma vida mais saud�vel”, ensina, dizendo que n�o abriu m�o do sal�o de beleza, onde vai toda semana. “Esse � um servi�o que n�o tem como substituir”, conclui.

 

CA�A AOS DESPERD�CIOS
Adalgisa Batista Damasceno, secret�ria e manicure
Moradora do Bairro Palmeiras

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O aumento da infla��o for�ou Adalgisa Damasceno a mudar h�bitos na rotina dom�stica. Lavar roupa de cama s� uma vez por m�s. O secador de cabelos � usado apenas em casos indispens�veis, n�o mais uma vez por semana, como antes. As l�mpadas foram todas substitu�das por fluorescentes. Ao abrir a geladeira, � preciso saber o que vai ser tirado. O resultado � economia nas contas de �gua e luz. Mesmo com os pesados reajustes tarif�rios, ela reduziu os valores em 66,25% e 35%, respectivamente. “Minha irm� diz que n�o adianta economizar com todo mundo gastando a� fora. Mas n�o tem que olhar o vizinho. Cada um tem que fazer a sua parte”, afirma Adalgisa.

 

 

SUBSTITUI��O DE PLANOS
Goretti Senna, jornalista
Moradora do Bairro Luxemburgo

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Com os pre�os subindo, Goretti revisou alguns gastos residenciais. Al�m das tradicionais economias, como a substitui��o de l�mpadas por modelos mais econ�micos, ela alterou os planos de telefone celular e TV a cabo para formatos mais adequados ao perfil familiar. Somadas, as contas ultrapassavam R$ 1 mil mensais. A partir das mudan�as, o gasto total � de aproximadamente R$ 300. “Escolhi os canais mais interessantes. Quando quero um filme, compro. � mais barato”, afirma. Outra economia se deu com a contrata��o de um professor particular de ingl�s para ela e a filha. Antes, cada uma ia a uma escola diferente. “Hoje tenho um consumo mais consciente”, afirma, lembrando um �ltimo exemplo de economia: mesmo tendo aparelhos de gin�stica no pr�dio ela preferia pagar uma academia, que, sem tempo, muitas vezes n�o conseguia nem frequentar.

 

 


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