Nova York, 28 - Internado na sexta-feira, 26, com dores no peito, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que n�o descumpriu recomenda��o m�dica ao decidir viajar aos Estados Unidos para participar da visita da presidente Dilma Rousseff ao pa�s. "N�o descumpri ordem de ningu�m, sou muito obediente", disse o ministro no in�cio da tarde, ao chegar no hotel onde ficar� hospedado em Nova York.
Perguntado se teve uma embolia pulmonar, Levy respondeu: "Acredito que n�o." O
diagn�stico inicial foi o de que o ministro sofreu uma embolia pulmonar leve, o que colocou em risco sua viagem aos EUA. "Eu estou bem", declarou Levy. Antes de embarcar na noite de s�bado, 27, Levy passou por mais um exame m�dico.
O ministro chegou ao hotel a tempo de participar da parte final de reuni�o de Dilma com representantes de 25 empresas brasileiras que t�m investimentos nos Estados Unidos. Na segunda-feira, 29, ele estar� ao lado da presidente em encontros com pesos pesados do setor produtivo e financeiro norte-americanos. Depois de participar da reuni�o com Dilma e os empres�rios, o ministro planejava ficar no hotel e se preparar para as maratonas de atividades a partir de segunda-feira.
"Acho que ser� positiva", afirmou, sobre sua expectativa em rela��o � visita, com a qual o Brasil tenta reconstruir sua rela��o com a maior economia do mundo. "A gente tem bastante coisa para fazer, a economia est� em um momento importante. Acho que � uma oportunidade boa."
Os la�os entre os dois pa�ses foram abalados em 2013 com a revela��o de que a ag�ncia de espionagem americana, a NSA, monitorou comunica��es de Dilma. Em protesto, a presidente cancelou visita de Estado que faria a Washington em outubro daquele ano.
O setor econ�mico-comercial ocupar� grande parte dos an�ncios que Dilma e o presidente Barack Obama far�o depois de seu encontro de trabalho, na ter�a-feira. Com o fim do boom das commodities decorrente da desacelera��o da China, o Brasil busca novas fontes de crescimento no exterior. Na expectativa de Bras�lia, medidas de facilita��o de com�rcio que ser�o anunciadas durante a visita poder�o provocar aumento de 10% nos embarques nacionais para os EUA.
No ano passado, o Brasil vendeu US$ 27 bilh�es ao mercado norte-americano, o segundo maior para as exporta��es do pa�s depois da China. Mas diferente do pa�s asi�tico, os EUA compram principalmente produtos industrializados do Brasil, que t�m impacto mais positivo sobre o crescimento e a gera��o de emprego.
Segundo Levy, a recente redu��o do intervalo de varia��o da meta de infla��o aumenta a previsibilidade da economia brasileira. "Isso ajuda o trabalho que estamos fazendo." Na quinta-feira, o Conselho Monet�rio Nacional diminuiu de 2 para 1,5 ponto porcentual a varia��o, para cima ou para baixo, do centro da meta, fixada em 4,5%. Isso significa que o teto passou de 6,5% para 6,0% a partir de 2017.