Gr�cia vai aumentar pr�mio de risco de emergentes, avalia RBS

Basileia, 29 - O come�o de semana dram�tico para a Gr�cia vai aumentar os pr�mios de risco dos pa�ses emergentes. A opini�o � da equipe de economistas do Royal Bank of Scotland (RBS). Para os analistas da casa, a migra��o de recursos para ativos de maior qualidade, como a d�vida dos Estados Unidos, deve afetar os mercados emergentes, especialmente os mais pr�ximos � zona do euro, como Pol�nia, Turquia e R�ssia. Inclusive, cresce a chance de aumento do juro b�sico em alguns mercados.

"A chance de um acordo at� o come�o do fim de semana parecia de 50%, mas agora estamos com zero e uma grande dose de incerteza adicional surgiu com o an�ncio do referendo grego, o congelamento da linha de liquidez emergencial do BCE e o esperado atraso no pagamento ao Fundo Monet�rio Internacional (FMI) esta semana", dizem os analistas da casa em relat�rio enviado aos clientes nesta manh�.

Para o RBS, esse cen�rio "gera uma mudan�a quase instintiva do mercado para vender o risco". "Investidores passam a realocar ativos em portos-seguros", dizem os analistas que d�o como exemplo os mercados emergentes pr�ximos � Europa. Para o RBS, economias como a Pol�nia, Hungria, Turquia e R�ssia dever�o observar "moedas mais fracas, spreads maiores e curvas de juros mais acentuadas".

O banco brit�nico reconhece que, em meio ao cen�rio repleto de incertezas, n�o � poss�vel descartar eventual a��o do Banco Central Europeu (BCE) para tentar mitigar riscos. O esfor�o do BCE estaria especialmente voltado para evitar a contamina��o do problema grego para outros mercados da zona do euro.

Diante de tantas incertezas, o RBS acredita que economias pr�ximas � Gr�cia, como Pol�nia e Hungria, podem sofrer com a desvaloriza��o das moedas e � poss�vel que os bancos centrais atuem para proteger essas divisas. Rom�nia e Bulg�ria, dois pa�ses com fortes liga��es econ�micas com a Gr�cia, podem sofrer ainda mais e o RBS sugere reduzir posi��es em ativos dos dois mercados.

Pa�ses emergentes mais distantes devem ser afetados, ainda que de maneira "mais suave". "Nenhum pa�s deve estar imune a um aumento dos pr�mios de risco. Isso aumenta a probabilidade de um aumento da taxa em julho na �frica do Sul e pode aumentar a probabilidade de aperto monet�rio na Turquia", dizem os economistas.