A alta generalizada dos pre�os pressionou o �ndice Geral de Pre�os de Mercado (IGP-M), que subiu 0,67% em junho ante registro de 0,41% no m�s anterior. O indicador, que � usado para calcular o reajuste da maioria dos contratos de aluguel residencial, tem varia��o acumulada em 2015, at� junho, de 4,33%. Em 12 meses, o IGP-M registrou alta de 5,59%. Em junho de 2014, a varia��o foi de -0,74%, segundo a Funda��o Getulio Vargas. Mesmo com indicador em alta, o atual cen�rio econ�mico do pa�s, com infla��o e juros altos e redu��o na concess�o de cr�dito, tem feito muitas imobili�rias e propriet�rios de im�veis desistirem de reajustar os alugu�is na hora de renovar os contratos.
“Agora � hora de conversar e ver o que se aplica melhor para os dois lados e, talvez, estabelecer um acordo tempor�rio, at� que a economia volte a apresentar melhora. Talvez seja mais interessante permanecer com o contrato da forma em que est� do que ajustar e deixar de ser vantajoso para uma das partes e o im�vel ficar vazio, levando meses para ser ocupado”, afirmou o vice-presidente das corretoras de im�veis da C�mara do Mercado Imobili�rio de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Fl�vio Gallizze. No entanto, ele afirma que, nos casos em que os contratos s�o reajustado de acordo com o IGP-M, o locat�rio precisa entender que j� est� conquistando um “desconto”, tendo em vista que o �ndice est� quase tr�s pontos percentuais abaixo do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), infla��o oficial do pa�s que acumula alta de 8,47% nos �ltimos 12 meses.
A diretora do setor de loca��o da imobili�ria Casa Sartori, Suzana Sartori, afirma que tem orientado a maioria dos clientes a n�o aplicar os reajustes neste momento de economia desaquecida. “N�s temos como base o IGP-M, mas n�o adianta fazer reajustes se a popula��o n�o est� ganhando dinheiro. Com a economia do jeito que est�, as pessoas est�o ganhando para sobreviver, o propriet�rio dos im�veis tamb�m t�m que se colocar diante da crise”, afirmou. Ainda de acordo com Suzana, o problema mais grave � com os im�veis comerciais, porque as pessoas est�o com medo de investir em novos neg�cios. Em alguns casos, ela afirma que o locador chega a oferecer vantagens tempor�rias para o locat�rio continuar com o contrato, como isen��o do pagamento do IPTU e seguro inc�ndio por conta do propriet�rio do im�vel.
MAIORES ALTAS
Entre os grupos que mais contribu�ram para a acelera��o do IGP-M est� o Despesas Diversas, item que saltou de 0,87% em maio para 5,47% em junho, puxado pela alta do jogo lot�rico. Segundo a FGV, tamb�m foi registrado acr�scimo nas taxas de varia��o de outras quatro classes de despesas, entre as oito pesquisadas. O grupo Alimenta��o saltou de 0,67% em maio para 0,98% em junho, o grupo Transportes, de 0,14% para 0,28% no mesmo per�odo. As altas no grupo Educa��o, Leitura e Recrea��o, que tinha ficado em 0,44% em maio, saltaram para 0,82% em junho. O �ndice tamb�m sofreu varia��o por conta dos pre�os nas passagens a�reas, que apresentou alta de 12,67%.