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Estado de Minas

FAO e OCDE projetam redu��o de pre�os de alimentos e aumento de estoques


postado em 01/07/2015 10:37

S�o Paulo, 01 - Os pre�os internacionais de alimentos devem recuar em termos reais na pr�xima d�cada, pressionados pela maior produtividade nas principais regi�es produtoras e pela desacelera��o da demanda global, avaliou o relat�rio de Perspectivas para a Agricultura 2015-2024, divulgado pela Organiza��o das Na��es Unidas para Alimenta��o e Agricultura (FAO) e pela Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) nesta quarta-feira, 1. Apesar da proje��o de queda, o relat�rio aponta que os pre�os ainda devem se manter acima dos reportados no in�cio dos anos 2000.

O recuo das cota��es do petr�leo foi outro fator a contribuir para a queda dos pre�os de alimentos, uma vez que reduz os custos de energia e de fertilizantes. Al�m disso, o combust�vel f�ssil mais barato reduz os incentivos � produ��o de biocombust�veis, que s�o fabricados a partir de alimentos.

Nos �ltimos anos, safras volumosas em importantes regi�es produtoras restabeleceram os n�veis de estoques, o que pesou sobre as cota��es agr�colas. A maior produtividade e menor custo de produ��o, em um momento de demanda enfraquecida, devem elevar ainda mais o volume armazenado, prev� o relat�rio.

Quanto ao com�rcio, a FAO e a OCDE avaliam que o crescimento deve crescer mais lentamente do que na d�cada anterior. Al�m disso, o relat�rio aponta para maior concentra��o de exporta��es de commodities agr�colas, com menos pa�ses exportadores, e um aumento do n�mero de pa�ses importadores. Assim, mostra o relat�rio, os pre�os ficar�o mais suscet�veis a oscila��es em virtude de desastres naturais e mudan�as na pol�tica de exporta��o dos principais produtores.

No caso dos cereais, o aumento dos estoques nos �ltimos dois anos e a redu��o dos pre�os do petr�leo devem pesar ainda mais sobre as cota��es no curto prazo. No m�dio prazo, entretanto, o lento aumento dos custos de produ��o e a demanda firme devem fortalecer os pre�os novamente. A maior demanda por prote�na animal deve levar ao aumento da produ��o de oleaginosas, como soja, e de farelo.

O aumento da demanda por a��car de pa�ses em desenvolvimento deve propiciar uma recupera��o dos pre�os, o que deve incentivar investimentos no setor. O desempenho do mercado, no entanto, ainda depende da margem de lucro da produ��o de a��car no Brasil, frente � fabrica��o de etanol.

Os pre�os de carnes devem responder ao aumento das margens de lucro, uma vez que a redu��o dos pre�os de ra��o deve recuperar a lucratividade do setor. As exporta��es de leite, por sua vez, devem se concentrar ainda mais na Nova Zel�ndia, Uni�o Europeia, Estados Unidos e Austr�lia, avaliou o relat�rio.

Perspectivas para Brasil

O relat�rio deste ano tem foco especial no Brasil e contou com a contribui��o do Minist�rio da Agricultura e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu�ria (Embrapa). Segundo a an�lise da FAO e da OCDE, o Pa�s deve capturar grande parte da expans�o do com�rcio nos pr�ximos anos, que deve crescer acompanhando a maior demanda, em particular da �sia.

O crescimento da produ��o agr�cola brasileira deve ser impulsionado pelo cont�nuo aumento da produtividade, com maior rendimento das lavouras, al�m da convers�o de �reas de pastagem em terras agr�colas, com aumento da pecu�ria intensiva. Reformas estruturais no Pa�s e a maior �nfase em investimentos em infraestrutura, por exemplo, devem ajudar o setor a aproveitar as oportunidades do cen�rio internacional. O relat�rio revela ainda que os esfor�os para fechar acordos de com�rcio devem aumentar o acesso dos produtos brasileiros aos mercados internacionais.


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