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Estado de Minas

Lanche em Confins custa at� 360% mais que na cidade

Pesquisa mostra que o p�o de queijo, vendido no Centro de BH por R$ 1,31, em m�dia, no aeroporto custa no m�nimo R$ 4,50, alta de 243,51%. No misto quente, a diferen�a chega a 360%. A administradora do terminal promete novas lojas, com pre�os mais competitivos


postado em 02/07/2015 06:00 / atualizado em 02/07/2015 11:12

(foto: Arte: EM/D.APress)
(foto: Arte: EM/D.APress)

� poss�vel lanchar sem gastar muito nos aeroportos do pa�s? Para a maioria dos passageiros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, a resposta � t�o �bvia quanto a falta de op��o de estabelecimentos. No terminal, o tradicional p�o de queijo n�o custa menos de R$ 4,50. � o que aponta pesquisa realizada pelo site Mercado Mineiro a pedido do Estado de Minas. O levantamento comparou os pre�os praticados no terminal e na Regi�o Central de Belo Horizonte. Na cidade, o quitute mineiro pode ser encontrado pelo pre�o m�dio de R$ 1,31, varia��o de 243,51% em rela��o ao aeroporto. No entanto, a maior disparidade, de 360,40%, foi constatada no misto quente, vendido pela m�dia de R$ 3,03 nas lanchonetes e a cerca de R$ 13,95 no terminal.

Assustada com os valores, a empres�ria Patr�cia de Castro contou que pediu para a atendente repetir o pre�o do lanche por n�o acreditar. “Ser� que voc� pode repetir?”, questionou. Moradora de Vit�ria, no Esp�rito Santo, Patr�cia pagou R$ 13,60 por um p�o com requeij�o e um suco de laranja. “� um absurdo e chega a ser um assalto, sem contar a qualidade dos produtos, que � p�ssima. O suco n�o � natural”, reclama.

Essa tamb�m � a opini�o da veterin�ria Beth Faria, que apesar de aproveitar a promo��o do combinado caf� e p�o de queijo por R$ 5, sempre acaba gastando mais que o planejado. “Eu raramente viajo, mas estou espantada com os pre�os dos lanches. Mas a gente fica sem op��o e acaba comendo aqui mesmo”, afirma. “� um servi�o caro e sem muita concorr�ncia”, avaliou o diretor-executivo do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. “A competitividade � baixa e h� poucas lanchonetes no terminal e por isso cobram valores muito altos”, destacou.

Empresária, Patrícia Castro considerou preço no terminal um absurdo(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Empres�ria, Patr�cia Castro considerou pre�o no terminal um absurdo (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Segundo o pesquisador, alguns fatores encarecem os alimentos como o pre�o alto dos alugu�is e o custo com funcion�rios, mas � o consumidor quem sai perdendo. “O passageiro acaba tendo que arcar com gastos no aeroporto e tamb�m dentro do avi�o”, lembrando que a maioria das companhias a�reas cobra pelo lanche durante a viagem. “Uma alternativa � comer em casa ou trazer o lanche para o aeroporto”, resume.

Essa foi a sa�da encontrada pelo motorista Ricardo Ferreira, morador de Bom Despacho, no Centro-Oeste do estado. “Eu s� lancho fora ou trago para comer no carro mesmo. Os pre�os s�o exorbitantes, sem contar o valor do estacionamento. �s vezes eu prefiro parar �s margens do terminal”, confessa. O custo para estacionar o carro em Confins tamb�m � alvo de reclama��es dos usu�rios. A di�ria, por exemplo, saltou de R$ 30 para R$ 60 sob a nova administra��o.

A consequ�ncia disso � que diariamente dezenas de motoristas fogem do estacionamento, preferindo parar em estabelecimentos pr�ximos. “Sempre que posso, fa�o isso. Mas, hoje, vim buscar uma senhora da minha cidade e paguei R$ 8 pela hora”, disse o motorista Lupiciano Alves da Silva, que mora em Gonzaga, no Vale do Rio Doce. Ele conta que no ano retrasado, pagou R$ 4 pela hora. “O curioso � que a estrutura continua a mesma”, disse o motorista, enquanto pagava o estacionamento.

Motorista, Lupiciano Alves lamentou estacionar no terminal e pagar mais caro, sendo que a estrutura é a mesma de antes da concessão (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Motorista, Lupiciano Alves lamentou estacionar no terminal e pagar mais caro, sendo que a estrutura � a mesma de antes da concess�o (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Explica��o Procurada pelo EM, a BH Airport, empresa que administra o aeroporto, informou por meio de nota que novos pontos de venda que praticam os mesmos pre�os de suas unidades na regi�o Central da capital dever�o ser inaugurados nos pr�ximos meses, gerando maior competitividade. Estabelecimentos que j� atuam no terminal, segundo a concession�ria, tamb�m v�m passando por reformula��es para praticar pre�os em linha com os da cidade. O aumento do n�mero de m�quinas autom�ticas de vendas tamb�m faz parte da pol�tica da empresa. Quanto �s tarifas de estacionamento, a BH Airport informou que a nova pol�tica de pre�os visa ampliar a rotatividade nas vagas localizadas mais pr�ximas ao terminal e beneficiar um maior n�mero de usu�rios.

Assembleia vai discutir se h� valor abusivo

O aumento no n�mero de reclama��es dos pre�os praticados no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, chamou a aten��o e ser� tema de uma audi�ncia p�blica hoje na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A pauta ser� discutida na Comiss�o de Defesa do Consumidor. A inten��o, segundo os parlamentares, � obter esclarecimentos sobre a rela��o entre a concession�ria que administra o aeroporto e a pol�tica de pre�os praticada pelos comerciantes do local.

Conforme aponta o deputado Douglas Melo (PSC), s�o frequentes as reclama��es de usu�rios quanto aos pre�os exorbitantes cobrados na compra de bebidas, comida e no estacionamento. “As reclama��es s�o constantes e realmente os pre�os praticados no aeroporto est�o fora da realidade de mercado. A sensa��o � de que, sem op��o, somos obrigados a pagar um valor que, em alguns casos, beira a extors�o”, afirmou o deputado. (FB)


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