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Estado de Minas

Justi�a bloqueia bens de executivos do fundo de pens�o Postalis, dos Correios


postado em 08/07/2015 07:37

S�o Paulo, 08 - A Justi�a Federal de S�o Paulo determinou o bloqueio dos bens de 20 pessoas ligadas ao Postalis, fundo de pens�o dos funcion�rios dos Correios, e a empresas do setor imobili�rio que negociaram a venda de um terreno para o fundo no valor de R$ 196 milh�es. As suspeitas s�o de que o neg�cio tenha sido feito de forma irregular.

A determina��o do bloqueio dos bens, que ser� feito at� atingir o valor total da compra do terreno, foi dada em um processo de improbidade administrativa movido pelo Minist�rio P�blico Federal de S�o Paulo. O processo corre desde meados de junho em segredo de Justi�a. O MP pede na a��o que seja anulada a compra do terreno de 117 mil metros quadrados em Cajamar (SP), que abriga hoje um centro log�stico dos Correios, feita pelo Postalis em 2012.

As suspeitas em torno da opera��o se deram porque uma empresa com sede na Nova Zel�ndia, a Latam Real State, atravessou o neg�cio do Postalis. O fundo de pens�o estava negociando a �rea em Cajamar diretamente com o empres�rio Luiz Fernando Pires. De acordo com reportagem da revista �poca de novembro do ano passado, o Postalis estava disposto a pagar R$ 194 milh�es pelo terreno. Mas Pires o vendeu por R$ 150 milh�es � Latam, que tr�s meses depois o revendeu ao Postalis pelo valor inicial oferecido pelo fundo.

Entre os executivos do Postalis que tiveram os bens bloqueados est� o atual presidente do fundo, Antonio Carlos Conquista, que j� foi do fundo de pens�o da Petrobras e foi indicado ao cargo pelo PT, a convite do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro. A lista ainda inclui o presidente do Conselho, Ernani Coelho, tamb�m indicado pelos Correios ao cargo, e o diretor administrativo, Roberto Macedo de Siqueira Filho. Tamb�m fazem parte da lista ex-diretores como Ricardo Oliveira Azevedo, da �rea financeira, que foi indica��o do PMDB, e Sin�cio Greve, da �rea de seguridade.

Obras

Os empres�rios que fizeram o neg�cio imobili�rio tamb�m tiveram seus bens bloqueados. Um deles � Luiz Fernando Pires, s�cio da construtora mineira Mascarenhas Barbosa Roscoe e propriet�rio original do terreno. Outro nome � o do advogado Marcelo Bicudo, representante da Latam Real State, e a pr�pria Latam.

O advogado Rubens Bombini, s�cio de Marcelo Bicudo, explica que a diferen�a entre o valor de compra do terreno e o da sua venda ao Postalis se deu porque a Latam Real State construiu o galp�o hoje usado pelos Correios. Mas n�o soube dizer quem s�o os s�cios da empresa da Nova Zel�ndia e explicou que Bicudo estava em f�rias e por isso n�o poderia responder.

Os envolvidos n�o foram ainda notificados pela Justi�a, nem mesmo de que est�o envolvidos em um processo de improbidade administrativa. Por telefone, o presidente do Postalis, Antonio Carlos Conquista, disse que a negocia��o da �rea em Cajamar come�ou em 2010, portanto, antes de ele assumir a presid�ncia do fundo. A aprova��o do neg�cio se deu na sua gest�o, mas calcada, segundo ele, em laudos que confirmavam o valor justo do neg�cios. "E, como ultrapassava 5% do patrim�nio do fundo, foi levado � aprecia��o do conselho", disse ele.

O presidente do Conselho do Postalis, Ernani Carneiro, disse que o neg�cio tem um bom rendimento para o fundo, apesar do atraso. O fundo estimou que o centro log�stico entraria em opera��o em 2013, mas s� neste ano o complexo foi entregue. Em resposta � revista �poca, em novembro do ano passado, os Correios afirmaram que o atraso se deu por causa de ajustes pedidos pela estatal.

Os ex-diretores do Postalis n�o foram encontrados pela reportagem para comentar o caso e o empres�rio Luiz Fernando Pires n�o respondeu �s liga��es. Os presidentes da diretoria e do conselho do fundo n�o souberam informar se o im�vel est� registrado com ganhos ou perdas no balan�o de 2014, que ainda n�o foi divulgado.

Maus neg�cios

A compra do terreno � apenas mais uma das negocia��es colocadas sob suspeita feitas pelo fundo Postalis nos �ltimos anos. Tamb�m fazem parte dessa lista aplica��es em bancos que seriam posteriormente liquidados, como o Cruzeiro do Sul e o BVA, e tamb�m investimentos atrelados � d�vida de pa�ses com problemas, como a Argentina e a Venezuela.

Como resultado dessa equa��o, o Postalis registrou um rombo de R$ 5,6 bilh�es no plano de benef�cio definido do fundo. A Previc chegou � conclus�o, depois de seis meses de investiga��es, que os diretores e conselheiros do fundo eram respons�veis por uma parte desse rombo. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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