Rio, 08 - Apesar da desacelera��o, o aumento nos pre�os de alimentos no m�s de junho "ainda � firme", afirmou nesta quarta-feira, 8, Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de �ndices de Pre�os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). "Uma alta de 0,63% em alimentos n�o � um resultado irris�rio. Desacelerou, mas n�o significa que os pre�os se reduziram", disse.
Em junho, itens como tomate, cenoura e hortali�as at� ficaram mais baratos. Por�m, alimentos importantes na mesa dos brasileiros ainda ficaram mais caros, como cebola, batata-inglesa e leite longa vida. Al�m disso, algumas regi�es como Porto Alegre e Salvador foram na contram�o da m�dia brasileira e registraram acelera��o na infla��o de alimentos na passagem do m�s.
A cebola foi a "vil�" de junho, com alta de 23,78%. No acumulado deste ano, o pre�o j� avan�ou 148,13%, segundo o IBGE. "Como est�o dizendo por a�, o pre�o da cebola est� de chorar", disse Eulina. Os relatos de produtores s�o de que o excesso de chuvas tem prejudicado a qualidade da safra.
Por outro lado, alguns alimentos j� acusam nos pre�os a redu��o da demanda. � o caso das carnes, cujo aumento diminuiu de ritmo, de 2,32% em maio para 0,64% em junho. "Os frigor�ficos t�m assinalado acentuada queda da demanda, principalmente na carne de primeira. As carnes de segunda t�m mostrado varia��es bem mais fortes", contou a coordenadora. "Isso tem a ver com a quest�o de renda, muito desemprego. As pessoas deixam de ter sua renda e t�m que optar por produtos mais baratos", acrescentou.
Fora de casa
Apesar da press�o de custos provocada pelo aumento nos alugu�is, nas taxas de �gua e esgoto e nas tarifas de energia el�trica, a alimenta��o fora de casa subiu menos no primeiro semestre deste ano do que os alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros em seus domic�lios, que ficaram bem mais caros em 2015, segundo o IBGE.
No primeiro semestre, a alimenta��o fora do domic�lio avan�ou 5,65%, um pouco acima do verificado em igual per�odo do ano passado (5,31%). Por outro lado, a alimenta��o no domic�lio subiu 7,13%, contra 4,94% no mesmo tipo de compara��o.
"O pre�o da alimenta��o fora segurou um pouco. A infla��o de alimentos consumidos no domic�lio � maior, possivelmente por conta da demanda", afirmou Eulina. Segundo ela, os consumidores estariam trocando restaurantes e bares por refei��es feitas em casa, uma estrat�gia para tentar equilibrar o or�amento em tempos de queda na renda e aumento no desemprego.
Por outro lado, a press�o sobre os alimentos consumidos no domic�lio � forte. Fatores como o clima, o frete e o �leo diesel mais caros, al�m do d�lar, da energia e da �gua fazem com que os produtores tamb�m elevem os pre�os das mercadorias.
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Apesar da desacelera��o, alta de alimentos em junho 'ainda � firme' diz IBGE
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