Foi em dezembro do ano passado que as contas come�aram a extrapolar o valor do or�amento na casa da aposentada S�nia Nonato Batista Silva, de 53 anos. Ela conta que vive com a filha Vick Nonato, de 30, que trabalha como corretora de im�veis, mas viu a renda derreter, j� que ganha por comiss�o e h� tempos n�o fecha um bom neg�cio. Foi nesta �poca que elas come�aram a fazer empr�stimos para bancar as contas de luz, �gua, telefone, al�m de impostos como IPTU e IPVA, do ve�culo da fam�lia que tamb�m � financiado. Hoje, mais de 60% da renda de S�nia � comprometida com empr�stimos consignados e na �ltima semana ela recorreu a mais um cr�dito de R$ 570 para bancar as contas de energia, �gua e os custos com alimenta��o.
A professora M.L. de M, de 46, afirma que n�o sabe mais o que fazer para sair do atoleiro de d�vidas. Do sal�rio de R$ 4 mil, ela recebe menos de R$ 1 mil e a maior parte � destinada a pagar empr�stimos que s�o descontados em folha. “N�o sei o que fazer para acabar com essas d�vidas. Todo m�s eu priorizo o pagamento das contas de suprimentos b�sicos, como �gua, luz e supermercado. Mas a linha telef�nica, por exemplo, eu j� perdi”, diz.