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Estado de Minas

Gr�cia fecha acordo de ajuda e fica no euro com mais de 80 bilh�es


postado em 13/07/2015 07:19 / atualizado em 13/07/2015 08:16

'O Grexit é coisa do passado', festejou Tsipras, depois da maratona de negociações, iniciada há quase seis meses(foto: AFP PHOTO / THIERRY CHARLIER )
'O Grexit � coisa do passado', festejou Tsipras, depois da maratona de negocia��es, iniciada h� quase seis meses (foto: AFP PHOTO / THIERRY CHARLIER )
 

Paris - L�deres pol�ticos dos 19 pa�ses da zona do euro chegaram na manh� desta segunda-feira, 13, a um acordo un�nime para por fim a seis meses de crise na Gr�cia. Em troca de um programa de reformas e de austeridade de amplitude in�dita, Atenas receber� um terceiro programa de socorro de cerca de € 86 bilh�es, al�m do reescalonamento de sua d�vida externa. O governo radical de esquerda de Alexis Tsipras tamb�m receber� liquidez imediata a ser desbloqueada pela Comiss�o Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monet�rio Internacional (FMI), permitindo retirar o pa�s da situa��o de default de pagamentos e reabrir o sistema financeiro.

O acerto foi anunciado no final da madrugada, no hor�rio de Bras�lia, manh� na Europa, quando Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu - o col�gio de chefes de Estado e de governo da Uni�o Europeia - veio a p�blico, via Twitter: "O EuroSummit chegou a um acordo por unanimidade", afirmou. "Tudo pronto para um programa do Mecanismo de Estabilidade Financeira (ESM) para a Gr�cia com s�rias reformas e suporte financeiro."

Minutos depois, em entrevista, Tusk ironizou a express�o "Grexit", usada para designar o fantasma da sa�da da Gr�cia da zona do euro, improvisando um jarg�o novo, em ingl�s, com as palavras "Greek" e "agreement". "Hoje, depois de 17 horas de negocia��es, n�s chegamos ao nosso objetivo. Voc�s podem chamar de 'aGreekment'", brincou. "Haver� condi��es estritas a cumprir. Esta decis�o d� � Gr�cia uma chance de se recolocar no bom caminho com o apoio de seus parceiros europeus."

Atenas ter� de transferir para um fundo de gest�o que ser� instalado em territ�rio grego um total de € 50 bilh�es em ativos de empresas p�blicas, que ser�o privatizadas. Deste valor, € 25 bilh�es ser�o utilizados para recapitalizar o sistema financeiro do pa�s, que teria falido caso n�o tivesse fechado as portas nos �ltimos oito dias. Ainda n�o estava claro na manh� de hoje, mas os bancos gregos poderiam ser "internacionalizados" - ou seja, seus ativos poderiam ser transferidos aos organismos internacionais.

"O Grexit � coisa do passado", festejou Tsipras, depois da maratona de negocia��es, iniciada h� quase seis meses, e que colocou o pa�s � beira do precip�cio. O primeiro-ministro n�o hesitou em comemorar os termos do entendimento, os mesmos que a imprensa europeia denunciou como "draconianos" e "humilhantes", e que a revista alem� Der Spiegel classificou de "cat�logo de atrocidades". "Eu prometo reformar a Gr�cia. A batalha foi dura e ainda o ser�. A popula��o deve apoiar nossos esfor�os. � um acordo de recess�o, mas o pacote para o crescimento e o novo empr�stimo nos ajudar�o", afirmou Tsipras, sem deixar o discurso ideol�gico e de combate de lado: "A Gr�cia deve continuar a lutar contra a oligarquia que a mergulhou nessa situa��o".

Fran�ois Hollande, presidente da Fran�a e um dos grandes respons�veis pela perman�ncia da Gr�cia na zona do euro, foi outro a comemorar a decis�o. Assessores do Minist�rio das Finan�as franc�s chegaram a reescrever a proposta grega, auxiliando lado a lado o governo Tsipras a convencer os parceiros. "Em determinado ponto, n�s tememos que a zona do euro perdesse um de seus membros", reconheceu. "O que eu quis foi do interesse da Gr�cia, do interesse da Fran�a e do interesse da Europa.

J� a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que chegou a levar a Bruxelas uma proposta para excluir a Gr�cia da zona do euro por cinco anos - a cl�usula de "Time out" -, afirmou que assinaria o entendimento com "toda a convic��o", mas manteve o tom de cobran�a, reticente, que marca a posi��o alem� sobre o assunto. "Ser� um caminho longo e dif�cil", afirmou, descartando, entretanto, que haja uma alternativa. "N�s n�o precisamos de um plano B, porque o plano A foi aprovado."

O entendimento, que inclui o FMI - a despeito dos esfor�os feitos por Tsipras para alijar o fundo - ainda precisar� ser aprovado por alguns parlamentos nacionais, como os de Alemanha e Fran�a, mas a iniciativa deve ter car�ter simb�lico. Por outro lado, o governo de Tsipras ter� de come�ar a aprovar medidas em seu Parlamento nos pr�ximos dias, com o objetivo de trazer a vida financeira do pa�s � normalidade o mais r�pido poss�vel.


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