O diretor de Fiscaliza��o do Banco Central (BC), Anthero Meirelles, demonstrou nesta segunda-feira, 13, dificuldade para responder se a autarquia estava mudando o discurso quanto ao momento em que se dar� a retomada do crescimento da economia. At� agora, todos os diretores do BC vinham afirmando que a retomada se daria em algum momento do segundo semestre. Em evento realizado pela Associa��o Nacional das Institui��es de Cr�dito (Acrefi) em S�o Paulo, Meirelles disse que a retomada vir� em "um horizonte n�o muito distante".
Ao ser informado de que o seu discurso dava a entender que a retomada n�o viria mais no segundo semestre, Meirelles disse que "tudo depende de uma s�rie de elementos, inclusive do ambiente global. Ent�o, na verdade a gente n�o faz essa previs�o".
Questionado se a express�o "num horizonte n�o muito distante" seria a frase que o mercado passaria a ouvir de outros diretores do BC daqui em diante, o diretor de Fiscaliza��o disse que n�o. "Os ajustes j� foram endere�ados e agora � o tempo que a economia vai ter para poder se recuperar. N�o sei quando vir�, n�o sei quando vamos come�ar a observar mudan�as nos indicadores, mas imagino que os ajustes v�o fazer o seu trabalho na dire��o esperada".
Desafios
Meirelles abriu sua palestra no evento da Acrefi chamando a aten��o para os desafios que a equipe econ�mica tem pela frente. De acordo com ele, o cen�rio � desafiador tanto do ponto de vista interno como externo e tanto do ponto de vista da pol�tica monet�ria como da fiscal. "De fato o cen�rio hoje � extremamente desafiador, tanto pelo mercado interno como pelo cen�rio global", disse.
O diretor afirmou que "nosso cen�rio � de ajustes importantes." Segundo ele, o ajuste est� na dire��o correta e s�o necess�rios para a "retomada do crescimento num horizonte n�o muito distante".
Ao se referir � complexidade do cen�rio internacional, terno usado por todos os diretores do BC, inclusive por seu presidente Alexandre Tombini, Meirelles citou comparativamente os exemplos da Gr�cia e da bolsa de valores da China, que estremeceram os mercados pelo mundo.
"Vimos o estresse na semana passada por conta da Gr�cia, que depois se tornou pequeno com a queda de 2% da Bolsa da China, que � um PIB da Gr�cia", disse o diretor do BC.