Bras�lia, 15 - O Banco Central informou nesta quarta, 15, por meio de sua assessoria de imprensa, que, visando � atua��o coordenada, vem mantendo interlocu��o com o Minist�rio P�blico e o Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) sobre a apura��o de ind�cios de manipula��o de taxas de c�mbio "no uso de suas compet�ncias legais". No dia 2 deste m�s, o �rg�o antitruste anunciou o in�cio das investiga��es sobre poss�vel forma��o de cartel de bancos, mas informou que n�o havia nenhuma institui��o brasileira na apura��o at� aquele momento.
No pr�prio dia 2, segundo documento ao qual o Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, teve acesso, o procurador-geral do BC, Isaac Menezes Ferreira, enviou of�cio ao seu colega do Cade, Victor Santos Rufino, solicitando informa��es a respeito do caso. "Tendo em vista as compet�ncias legais do Banco Central do Brasil em mat�ria de regula��o e supervis�o do mercado de c�mbio e do sistema financeiro, dirijo-me � Vossa Excel�ncia para solicitar documentos e informa��es cujo compartilhamento seja poss�vel, com o objetivo de subsidiar a an�lise do assunto e ado��o de provid�ncias cab�veis", trouxe um trecho do documento.
Nesta quarta 15, o BC acrescentou que, inclusive, j� recebeu a documenta��o do Cade. Mas, por meio da nota enviada ao Broadcast, disse que "n�o se manifestar� a respeito, bem como sobre os trabalhos de supervis�o em curso, por se tratar de assunto protegido pelo sigilo legal".
Mais cedo, o Broadcast informou que o Sindicato Nacional dos Funcion�rios do Banco Central (Sinal) pedir� � autarquia que exclua de sua lista de dealers as institui��es - ou seus pares no Brasil - que est�o sob a investiga��o do Cade.
De acordo com o BC, havendo comprova��o da pr�tica de irregularidades por dealers de c�mbio, a regulamenta��o autoriza a institui��o a promover o imediato descredenciamento, sem preju�zo da ado��o de eventuais provid�ncias nas esferas administrativa e penal.
O temor do presidente do Sinal, Daro Marcos Piffer, � o de que haja tamb�m irregularidades ainda n�o detectadas pela institui��o e que estejam influenciando as cota��es dom�sticas. A Superintend�ncia do Cade apurou que as pr�ticas desleais � concorr�ncia teriam ocorrido de 2007 at�, pelo menos, 2013. Os dealers s�o os bancos por meio dos quais o BC atua no mercado de c�mbio. S�o 14 institui��es escolhidas de acordo com o volume de neg�cios e a presta��o de informa��es enviadas ao regulador.
As empresas investigadas no processo administrativo do Cade s�o Banco Standard de Investimentos, Banco Tokyo-Mitsubishi UFJ, Barclays, Citigroup, Credit Suisse, Deutsche Bank, HSBC, JP Morgan Chase, Merril Lynch, Morgan Stanley, Nomura, Royal Bank of Canada, Royal Bank of Scotland, Standard Chartered e UBS, al�m de trinta pessoas f�sicas. De acordo com o Cade, n�o h� nenhuma institui��o financeira brasileira nas investiga��es. De qualquer forma, o sindicato considera mais sensato, para evitar problemas posteriores, que seus pares no Brasil deixem de ser refer�ncia para a cota��o dom�stica do d�lar.
J� a lista de junho de dealers de c�mbio do BC � composta pelas 14 seguintes institui��es: Banco do Brasil, Banco BNP Paribas, Bradesco, Citibank, Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil), Goldman Sachs do Brasil, HSBC Bank Brasil, Ita� Unibanco, Banco JP Morgan, Bank Of America Merrill Lynch, Banco Morgan Stanley, BTG Pactual, Banco Safra e Santander (Brasil). As institui��es que aparecem nas duas listas, portanto, s�o Citi, Credit, HSBC, JM Morgan, Merrill e Morgan Stanley.