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Estado de Minas

Moody`s deve rebaixar nota do Brasil


postado em 16/07/2015 06:00 / atualizado em 16/07/2015 07:11

Em meio � r�pida deteriora��o da economia brasileira e com o aprofundamento da crise pol�tica que assola o pa�s, a ag�ncia de classifica��o de riscos Moody’s iniciou ontem conversas com a equipe econ�mica do governo e com o mercado para definir a nota de cr�dito do Brasil. A visita dos representantes da ag�ncia ocorre no momento em que os dados de arrecada��o consolidam a expectativa de queda das receitas e quando os especialistas t�m revisado as expectativas para retra��o da economia, consolidadas em um encolhimento 2%. Para especialistas, a perda do rating � iminente, o que pode implicar em uma fuga de recursos para outros mercados.

Com esse cen�rio, o pa�s n�o cumprir� a meta super�vit de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o que implicar� em aumento da d�vida bruta do pa�s, o que � levado em conta pela Moody’s na hora de rebaixar a nota de um pa�s. Para piorar a situa��o, a falta de sintonia da equipe econ�mica pode agravar a situa��o, uma vez que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defende que a meta de prim�rio n�o seja alterada, enquanto o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, quer criar uma banda de toler�ncia.

A comitiva da Moody’s iniciou os trabalhos no Banco Central, quando se reuniu por 90 minutos com o presidente da autoridade monet�ria, Alexandre Tombini, e outros quatro diretores. Na ocasi�o, o colegiado do BC apresentou os dados e as perspectivas da economia brasileira. Em seguida, os representantes da ag�ncia seguiram para o Minist�rio da Fazenda, para ouvir o secret�rio de Pol�tica Econ�mica, Afonso Arinos Mello de Franco Neto, e o secret�rio de Acompanhamento Econ�mico, Paulo Guilherme Farah Corr�a. Hoje, ser� a vez de Levy tentar sensibiliz�-los a manter o rating do pa�s, enquanto o mercado espera um rebaixamento.

Para o ex-diretor do BC Alexandre Schwartsman, o rebaixamento da nota de cr�dito do Brasil j� � uma realidade e a tend�ncia � que a Moody’s emita uma sinaliza��o de perspectivas negativas para o pa�s. Ele afirmou que a deteriora��o da economia brasileira se d� pela falta de institui��es fortes no pa�s. Schwartsman afirmou que em uma democracia sem institui��es fortes, independentemente do governo de plant�o, qualquer projeto de expans�o naufraga.

Com isso, ele ressaltou que a discuss�o sobre a ado��o de uma banda de toler�ncia para o superavit prim�rio perde sentido. “Faria sentido se as coisas funcionassem aqui. O governo mudou a Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO) em 2014, aos 49 do segundo tempo, porque n�o ia cumprir a norma. No Brasil, esses mecanismos s� funcionam quando as coisas v�o mal. Veja a infla��o. Nunca cumprimos a meta”, ponderou.

CRISE POL�TICA
Na avalia��o do economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira, a Moody’s deve rebaixar a nota de cr�dito do Brasil e sinalizar perspectivas negativas para os pr�ximos meses. Com isso, a possibilidade de o pa�s perder o grau de investimentos � grande, o que pode piorar ainda mais a crise econ�mica. Ele comentou que o pa�s n�o consegue emitir sinais suficientes que evidenciem uma perspectiva de melhora. “A arrecada��o vai de mal a pior e 76% da infla��o est� concentrada em energia, alimentos e c�mbio. Ningu�m determina o clima e as varia��es nos pre�os das moedas. O governo n�o tem controle sobre nenhum desses fatores, depois tomou diversas decis�es erradas na condu��o da pol�tica econ�mica”, comentou.

Para ele, a situa��o tende a se agravar na medida em que o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), forem alvo da Justi�a ap�s os desdobramentos da Opera��o Lava-Jato. Silveira detalhou que o aprofundamento da crise pol�tica ser� ruim para o pa�s porque a possibilidade de mais pautas-bomba sejam votadas pelo Legislativo � enorme. “A recess�o ser� ainda mais forte. Minha expectativa � que o Produto Interno Bruto (PIB) encolha 2,2% esse ano. O Executivo est� na lona e n�o pode fazer nada. A redu��o da nota est� dada”, lamentou.


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