Rio de Janeiro, 17 - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reconheceu nesta sexta-feira, 17, que a demora na vota��o no Congresso do projeto de lei que retira as desonera��es da folha de pagamentos "acaba esticando" o per�odo do ajuste fiscal. Segundo o ministro, a desonera��o, que custa R$ 25 bilh�es ao Tesouro por ano, � "uma despesa que o governo n�o pode continuar fazendo".
"N�s hav�amos proposto reduzir essa despesa � metade. A demora na vota��o, mais do que continuar aumentando e pressionando as despesas do Tesouro, traz um pouco de incerteza para o setor produtivo e isso acaba esticando um pouco o per�odo de ajuste al�m do que a gente poderia ter previsto no come�o", afirmou Levy, ap�s participar da 157� reuni�o do Conselho Nacional de Pol�tica Fazend�ria (Confaz), que reuniu os secret�rios estaduais da Fazenda no Rio.
Levy lamentou que o ajuste n�o esteja sendo feito com a rapidez que a equipe econ�mica gostaria, mas destacou o lado positivo, na rela��o com o Congresso, de obten��o de consenso para votar as mudan�as no ICMS.
"Quanto mais demora, mais o per�odo de ajuste aumenta. Gostaria de ter feito um ajuste o mais curto o poss�vel, para poder acelerar a parte do crescimento. N�o obstante isso, houve espa�o para tratar dessa agenda do crescimento, como � o caso do ICMS", completou o ministro.
Ainda assim, Levy demonstrou convic��o de que o projeto de lei sobre a desonera��o, em aprecia��o no Senado, "deve retornar para sua conclus�o brevemente, talvez sem modifica��es, para a C�mara".
Revis�o da meta
Levy afirmou que "n�o sabe" se ser� preciso rever a meta de super�vit prim�rio deste ano, ap�s reconhecer que a demora na vota��o no Congresso do projeto de lei que retira as desonera��es da folha de pagamentos "acaba esticando" o per�odo do ajuste fiscal.
"N�o sei, vamos ver o que o nosso relat�rio bimestral indica. Temos de trabalhar dentro dos par�metros da Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou, ap�s ser questionado se o atraso na aprova��o das propostas exigiria uma revis�o da meta neste ano.