Nova York, 22, 22 - Um escrit�rio de advocacia de Nova York, The Rosen Law Firm, entrou nesta quarta-feira, 22, com uma a��o coletiva contra a Eletrobras, acusando a empresa brasileira de divulgar comunicados "falsos e enganosos" e n�o revelar um esquema de corrup��o. Dois executivos da companhia aparecem como r�us, o presidente, Jos� da Costa Carvalho Neto, e o diretor Financeiro, Armando Casado de Araujo, de acordo com o processo.
A a��o coletiva preparada pelo escrit�rio menciona que o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, teria aceitado propinas de construtoras contratadas para a constru��o da usina Angra 3. As den�ncias foram feitas em uma dela��o premiada pelo ent�o presidente da Camargo Correa, Dalton Avancini.
Al�m disso, o texto destaca que a Eletrobras adiou a entrega na Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos, do formul�rio conhecido como "20-F", que re�ne as informa��es financeiras da companhia de 2014. A justificativa foram as den�ncias de Avancini sobre a Eletronuclear, de acordo com o documento. Os American Depositary Receipts (ADRs), que s�o recibos de a��es da companhia negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) ca�ram 8% com o adiamento. O objetivo da a��o, afirma o texto, � recuperar estas perdas para os investidores.
O processo aberto pelo escrit�rio ainda n�o tem a ades�o de investidores. Na semana passada, o Rosen Law chegou a publicar um an�ncio convocando acionistas da Eletrobras para aderir � a��o coletiva que ent�o planejava abrir. Ainda na Opera��o Lava Jato, o escrit�rio chegou a entrar em dezembro com uma a��o coletiva contra a Petrobras, por�m, ficou de fora da a��o consolidada, que acabou nas m�os do escrit�rio Pomerantz, que representa o investidor l�der, o fundo de pens�o do Reino Unido.
Podem aderir � a��o coletiva investidores que compraram ADRs da Eletrobras entre fevereiro de 2014 e abril de 2015. Os interessados em ser investidor l�der da causa, aquele que representa todos os demais, t�m at� o dia 21 de setembro para se manifestar.
Ainda sobre a Eletrobras, o processo aberto hoje ressalta que a empresa teria violado, ao n�o divulgar o esquema de corrup��o para o mercado, al�m das regras do mercado de capitais dos EUA, pr�ticas internacionais de governan�a corporativa e de contabilidade.