Ita� Unibanco reduz expectativa de alta da Selic para 0,25 pp

S�o Paulo, 23 - A combina��o do processo cont�nuo de perda de for�a da economia brasileira, da revis�o para baixo das expectativas de infla��o a partir de 2016 e das sinaliza��es mais recentes dos diretores do Banco Central (BC) de maior conforto com a desinfla��o do ano que vem levou o Ita� Unibanco a reduzir de 0,50 para 0,25 ponto porcentual sua previs�o de alta de juros na semana que vem. A informa��o consta de relat�rio assinado pelos economistas Ilan Goldfajn e Caio Megale, enviado aos clientes da institui��o. O Copom se re�ne nos pr�ximos dias 28 e 29 para deliberar sobre o novo patamar de juro de refer�ncia da economia do Pa�s.

Depois da fala do diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tony Volpon, na segunda-feira em S�o Paulo declarando seu voto pela alta da Selic, s� resta mesmo agora saber se a majora��o da taxa ser� de 0,50 ou 0,25 ponto porcentual.

"Os dados recentes sugerem que a recess�o continuar� no segundo semestre e que o mercado de trabalho continua se enfraquecendo. Nosso �ndice de difus�o, que mede o n�mero de indicadores em alta, com base em um conjunto amplo de dados, deve terminar junho abaixo de 20%, o quinto m�s consecutivo abaixo do n�vel consistente com crescimento zero, estimado em 47%", refor�am Goldfajn e Megale.

Eles lembram que no mercado de trabalho houve contra��o l�quida de 111 mil empregos formais anotados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) em junho, levando a m�dia m�vel dessazonalizada de tr�s meses para negativos 146 mil postos.

"Com a atividade mais fraca, as expectativas de infla��o de 2016 em diante come�aram a recuar, a despeito da infla��o corrente pressionada. Segundo a pesquisa Focus do BC, a mediana das expectativas de mercado para o IPCA em 2016 recuou de 5,50% antes da �ltima reuni�o do Copom em 3 de junho para 5,40% na medi��o mais recente", afirmaram os dois economistas do Ita� Unibanco. Eles lembram que no mesmo per�odo, a mediana das expectativas de 2017 recuou de 4,90% para 4,60%.

"Em declara��es recentes, membros do Copom t�m sinalizado maior conforto com o processo de desinfla��o a partir de 2016. O diretor de assuntos internacionais Tony Volpon afirmou que 'h� uma combina��o de fatores que apontam para um forte processo de desinfla��o em 2016', e completou que 'o sucesso dessa abordagem j� se reflete na progressiva ancoragem das expectativas de infla��o, processo que, eu acredito, deve persistir'", escreveram Goldfajn e Megale no documento.

Portanto, de acordo com eles, diante dessa melhora do balan�o de riscos de m�dio prazo para a infla��o e da sinaliza��o do Copom, o Departamento Econ�mico do banco espera agora uma alta final de 0,25 ponto na taxa Selic na semana que vem.