Instituto do PSDB diz que governo quer ressuscitar 'alquimia fiscal'

Bras�lia, 23 - Um dia ap�s a equipe econ�mica anunciar que pretende mudar, no Congresso, a meta fiscal, os tucanos afirmaram que o governo Dilma Rousseff ressuscitou a "alquimia fiscal" que vigorou nos �ltimos anos - uma refer�ncia indireta � gest�o do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Em artigo do Instituto Teot�nio Vilela (ITV), bra�o de formula��o pol�tica do partido, a legenda dize que durou pouco a "fantasia" de que a petista passaria a ser mais cuidadosa na gest�o do dinheiro p�blico.

"N�o foram necess�rios nem sete meses para que as metas fiscais deste e dos pr�ximos anos fossem abandonadas pelo caminho. A sensa��o deixada pelas mudan�as anunciadas ontem � de um governo que n�o tem a mais p�lida ideia do que est� fazendo, de um governo que n�o honra compromissos", criticou o ITV.

Segundo o texto, a gest�o de Dilma quer aval tamb�m para fechar as contas no vermelho caso as novas medidas para aumento de arrecada��o n�o surtam efeito. Numa ironia, o PSDB afirmou que, ainda assim, a presidente quer que "as contas de quem cuida de or�amento p�blico com tal zelo sejam aprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da Uni�o)".

O PSDB citou ainda o fato de que, com a mudan�a proposta, o governo poder� fazer um d�ficit de R$ 17,7 bilh�es em vez de um super�vit de R$ 8,7 bilh�es. "Na realidade, hoje a meta de verdade � o rombo. Se qualquer dona de casa fizer conta assim, n�o p�e comida na mesa dos filhos", criticou.

Para os tucanos, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sofreu mais uma derrota na luta interna. Segundo o partido, a anterior ocorreu em maio, quando os cortes or�ament�rios vieram abaixo do que ele pretendia. O artigo disse que o "sopro de renova��o" que Levy poderia representar se dissipou e o que prepondera na equipe econ�mica � a "nova matriz" que, destacou, "afundou o Brasil no atoleiro" da recess�o, da infla��o alta e da inefici�ncia.

"As decis�es anunciadas ontem permitem prever que o arrocho n�o passar� t�o cedo e a recess�o ser� ainda mais prolongada. A pen�ria n�o ser� de curto prazo e a recupera��o da economia � apenas miragem distante no horizonte dos brasileiros. � como se o segundo governo da presidente se apagasse um pouco mais, e bem antes da hora", concluiu.