Cidade do M�xico, 23 - O �ndice de pre�os ao consumidor (CPI, na sigla em ingl�s) do M�xico desacelerou para 2,76% no in�cio de julho, na compara��o com igual per�odo do ano passado, em seu patamar mais baixo desde 1970, quando come�aram as medi��es nacionais de pre�os. O resultado tamb�m ficou abaixo da meta de infla��o de 3% do Banco Central do M�xico pelo terceiro m�s consecutivo.
O recente sucesso no combate � infla��o melhora as credenciais do pa�s como a economia mais ortodoxa da Am�rica Latina, onde as pol�ticas de controle da infla��o s�o muito respeitadas.
Analistas dizem que a infla��o baixa e est�vel explica em parte o motivo de o peso mexicano ter depreciado menos ante o d�lar que outras moedas latino-americanas. Todas as divisas est�o pressionadas, diante da imin�ncia de uma alta nos juros pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano, que tornar� o d�lar mais atraente.
O peso mexicano caiu 21% nos �ltimos 12 meses, enquanto o real brasileiro teve queda de 31% e o peso colombiano, de 34%.
"O M�xico passou de ser um pa�s com um gerenciamento econ�mico ca�tico e politizado e infla��o nas alturas para outro, com uma pol�tica monet�ria digna de cr�dito", disse o economista independente Jonathan Heath.
A infla��o baixa tem tamb�m muito a ver com a recente desacelera��o econ�mica mexicana. O crescimento moderou no primeiro trimestre e dados recentes mostram resultados mistos, com enfraquecimento da produ��o industrial e recupera��o modesta nos gastos dos consumidores. Muitos acreditam que os pre�os devem acelerar nos pr�ximos meses, conforme a economia melhora.
Apesar da baixa infla��o e da economia em ritmo fraco, o banco central deve come�ar a elevar os juros em setembro, acompanhando o Fed, para evitar uma deprecia��o maior do peso e uma alta resultante nas expectativas de infla��o.
A baixa infla��o em si n�o tem sido suficiente, por�m, para impulsionar o crescimento econ�mico. Analistas dizem que h� obst�culos importantes: a produtividade n�o est� crescendo, o investimento nos setores p�blico e privado eram equivalentes a apenas 20% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 e o financiamento dos bancos ao setor privado � relativamente baixo, em 34% do PIB, ante 69% no Brasil. Fonte: Dow Jones Newswires.