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Estado de Minas

Na contram�o da crise, alguns setores crescem e mant�m investimentos

Servi�os de est�tica, inform�tica e f�bricas de bebidas mant�m crescimento. H� estimativa de faturar R$ 9 bilh�es somente com cl�nicas, sal�es e vendas de produtos e servi�os na casa do cliente


postado em 26/07/2015 06:00 / atualizado em 26/07/2015 07:59

Rafaela Nejm destaca que o Super Nosso destinou R$ 20 milhões ao beneficiamento de frios e carnes (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Rafaela Nejm destaca que o Super Nosso destinou R$ 20 milh�es ao beneficiamento de frios e carnes (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)

Contra a mar� do mau desempenho dos principais indicadores da economia, h� um Brasil de empresas que adotaram estrat�gias bem-sucedidas para expandir os seus neg�cios e v�o continuar a investir porque t�m de atender a uma demanda dos clientes tamb�m em crescimento. A locomotiva desse pa�s que contabiliza taxas positivas de desempenho, seja das vendas, seja da produ��o ou do faturamento da iniciativa privada, � conduzida pelo setor de beleza e est�tica, sem receio de apostar numa ascens�o astron�mia de 160% da atividade em 2015, depois de apurar a bolada de R$ 3,5 bilh�es no ano passado, incluindo o com�rcio de produtos e servi�os na casa do consumidor, o chamado home care.

Os fabricantes de bebidas alimentam as m�quinas empenhados em planos de crescer 10% e turbinar a oferta de cervejas artesanais. Em Minas Gerais, as marcas Backer e Krug Bier est�o investindo R$ 7,3 milh�es em equipamentos novos e na multiplica��o de exemplares das queridinhas do mercado cervejeiro n�o s� no estado, como no Rio de Janeiro e em S�o Paulo. Remando, da mesma forma, na contram�o da crise, os supermercados mineiros v�o desembolsar R$ 300 milh�es em 85 novas lojas, na expectativa de aumentar a receita em pelo menos 1,5% neste ano.

A �rea de tecnologia � outro ramo que n�o se rendeu � turbul�ncia na economia. O gigante Google anunciou h� uma semana a decis�o de ampliar o escrit�rio de Belo Horizonte, que emprega 100 engenheiros de sete nacionalidades e 11 estados, com or�amento de R$ 30 milh�es. A recompensa ao esfor�o de crescimento pode ser observada at� mesmo no cen�rio de nuvens carregadas de �ndices negativos da ind�stria e do com�rcio (veja o quadro). Segundo a mais recente Pesquisa Mensal do Com�rcio feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), at� maio as vendas de equipamentos e materiais para escrit�rio, inform�tica e comunica��o cresceram 10,7%, ancoradas na queda dos pre�os de microcomputadores, de 8,3% no acumulado do ano.

Para o professor de finan�as da Faculdade de Economia, Administra��o e Contabilidade da Universidade de S�o Paulo (FEA USP) Jos� Roberto Savoia, as diferen�as na performance das empresas ocorrem devido ao comportamento diferenciado dos consumidores, que, em �pocas de crise, acabam abdicando de compras que podem comprometer o or�amento por um longo prazo. “Eles preferem administrar as d�vidas de curto prazo, cuidar melhor da sa�de e socializar com os amigos. S�o comportamentos que n�o exigem grandes investimentos e as empresas desses setores acabam sendo beneficiadas”, afirmou.

Expansão da planta da Krug Bier foi mantida e a produção cresceu 12% de janeiro a junho, segundo Herwig Gangl(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Expans�o da planta da Krug Bier foi mantida e a produ��o cresceu 12% de janeiro a junho, segundo Herwig Gangl (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)


Nas empresas, o esfor�o para seguir em crescimento resulta de planejamento estrat�gico benfeito, vis�o de futuro e organiza��o, mesmo diante de um cen�rio desfavor�vel da economia. O superintendente da Associa��o Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, afirma que para driblar o momento e manter a expans�o esperada, os supermercadistas precisam compreender os sinais indicados pelos clientes e se adequar �s oportunidades. “Sab�amos que 2015 seria um ano dif�cil, mas todos os investimentos do setor est�o mantidos. As empresas buscam negociar mais e melhorar os equipamentos para tornar a gest�o mais eficaz”, diz.

O or�amento de investimentos para 2015 inclui a reforma de 75 lojas e a abertura de 8 mil postos de trabalho em Minas. O Grupo Super Nosso vai investir em novas lojas e pretende elevar o faturamento de R$ 1,75 bilh�o para R$ 2 bilh�es. De acordo com a diretora de desenvolvimento, planejamento e pesquisas da empresa, Rafaela Nejm, planejamento e estrat�gias pontuais s�o fatores que contribu�ram para que o grupo investisse R$ 30 milh�es numa f�brica de beneficiamento de frios, carnes e panifica��o, al�m de outros R$ 20 milh�es em 10 unidades. “Nos organizamos para andar na contram�o dos outros setores e isso permitiu novos investimentos e expans�o da rede. � claro que dependemos de bons resultados de vendas, mas trabalhamos com oferta agressivas e um programa de fidelidade dos clientes” afirma.

Perspectivas Entre os setores que mant�m crescimento do faturamento em Minas est�o a ind�stria de derivados do petr�leo e biocombust�veis, com avan�o de 10,8% entre janeiro e maio deste ano, com base na pesquisa de indicadores da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg). A ind�stria qu�mica tamb�m rema na contram�o da crise e apresentou faturamento 7,6% maior, influenciado pelo desempenho de fertilizantes. A receita dos fabricantes de bebidas aumentou 3,6% no mesmo per�odo.

A economista da Fiemg �rika Cristina Mendes Amaral destaca que esses segmentos tiveram pouca influ�ncia no resultado da ind�stria de transforma��o, uma vez que segmentos de peso da produ��o de bens no estado, como as ind�strias automotiva, de m�quinas e equipamentos, metalurgia e vestu�rios e acess�rios, al�m da minera��o, enfrentam queda. “J� imagin�vamos n�meros negativos, mas n�o em patamares t�o altos”, afirma. A Fiemg prev� redu��o de 6,1% do faturamento da ind�stria neste ano e de 4,5% da produ��o global do setor.

MAIS PRODU��O PARA ATENDER O MERCADO


A ind�stria de bebidas de Minas espera crescer 10% em 2015. Segundo o presidente do Sindicato das Ind�strias de Cerveja e Bebidas do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), M�rio Morais Marques, o segredo do setor para n�o parar de crescer � estar atento �s mudan�as e desenvolver um esfor�o que chame a aten��o do consumidor. “Estamos crescendo h� anos na casa dos dois d�gitos. Criamos alternativas para o consumidor e Minas tem assumido papel importante na produ��o nacional, com participa��o entre 11% e 12% do mercado”, afirma. Na fabrica��o de cervejas artesanais, o estado ultrapassou S�o Paulo.

Com alta na demanda e ingresso nos mercados do Rio de Janeiro e S�o Paulo, a cervejaria Krug Bier est� investindo cerca de R$ 600 mil na f�brica e num espa�o para eventos no p�tio de Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o s�cio-fundador da cervejaria, Herwig Gangl, a crise sentida em outros setores transformou-se em oportunidade para a marca crescer.

“O consumo de cerveja artesanal est� em ascens�o. Nossa produ��o cresceu 12% no primeiro semestre do ano e os investimentos eram necess�rios para otimizar a f�brica, garantir a qualidade do produto e, principalmente, atender � demanda desse potencial consumidor”, comenta.

A cervejaria Backer investiu cerca de R$ 6,7 milh�es na implanta��o do p�tio cervejeiro no Bairro Olhos D’�gua, na Regi�o do Barreiro, que compreende a f�brica e um restaurante. A marca tamb�m prev� lan�amentos de receitas artesanais da bebida. Segundo o diretor comercial e de eventos da Backer, Jo�o Roberto Pires, a empresa cresceu 15% de janeiro a junho. “Estamos nos preparando desde de outubro de 2014 com a aquisi��o de equipamentos para suprir a demanda. Nenhum planejamento foi adiado e nossa meta � fechar 2015 com crescimento maior que o registrado no primeiro semestre”, afirma. (FM


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