S�o Paulo, 27 - O Banco Safra alterou sua previs�o para a pr�xima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), na quarta-feira, de um aperto de 0,25 ponto porcentual para um de 0,50 ponto, com a Selic atingindo 14,25% ao ano.
A institui��o acredita, no entanto, que este ser� o �ltimo movimento do atual ciclo de ajuste dos juros por parte do Banco Central. O economista-chefe do Safra, Carlos Kawall, assinala, em seu coment�rio, que as novas metas fiscais anunciadas para este e para os pr�ximos anos o levaram a mudar sua perspectiva em rela��o � pol�tica monet�ria.
Isso porque, al�m de revelarem o qu�o elevado � o desafio da melhoria fiscal das contas, o corte nas metas teve "um grande impacto sobre os pre�os dos ativos, incluindo a taxa de c�mbio". O economista do banco lembra que, embora seu cen�rio j� contemplasse um real mais fraco, os n�veis do d�lar subiram, recentemente, para um valor muito mais elevado que o considerado pelo Banco Central em seu �ltimo Relat�rio de Infla��o, quando a autoridade trabalhava com um c�mbio de R$ 3,10.
Kawall destacou que o mais recente discurso do BC, pelo diretor de Pol�tica Econ�mica, Luiz Awazu Pereira, apontou que "desenvolvimentos recentes mostram que h� novos riscos para o resultado da infla��o para 2016 que podem afetar horizontes mais longos". E, em vista disso, "o progresso at� agora na luta contra a infla��o precisa ser equilibrado contra os riscos mais recentes".
Apesar de trabalhar com a manuten��o do ritmo de aperto em 0,50 ponto, o economista-chefe do Banco Safra disse esperar uma mudan�a no comunicado que acompanhar� a decis�o do BC, condicionando os pr�ximos movimentos a novos indicadores e enfatizando a orienta��o de manter a taxa Selic em n�veis elevados "o tempo necess�rio para fazer previs�es de mercado convergirem para a meta de 4,5%, o que n�s pensamos que s� � realista para 2017".
"Dado que n�s antecipamos que o n�vel de 14,25% para a Selic ser� suficiente para colocar a previs�o do BC para 2016 no alvo, ou muito perto do alvo, prevemos que a alta da Selic nesta semana ser� a �ltima do ciclo iniciado em abril de 2013, dada a queda livre vista na atividade", escreveu Kawall, que disse projetar um recuo de 2,2% do PIB em 2015 e 0,2% em 2016.
"Este cen�rio acabaria por levar a um ciclo de afrouxamento monet�rio no segundo trimestre de 2016, com a Selic atingindo 11,50% no final do ano", afirmou.