S�o Paulo, 29 - Com a alta de 0,50 ponto porcentual da taxa b�sica de juros (Selic), anunciada pelo Banco Central, os fundos de renda fixa continuam mais vantajosos em rela��o � poupan�a, mas diminu�ram a atratividade em rela��o � taxa anterior, mostra estudo da Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac). Com a Selic em 14,25% ao ano, os rendimentos dos fundos s�o mais vantajosos em 18 dos 24 cen�rios calculados pela entidade. Quando a taxa b�sica de juros anual da economia estava em 13,75%, os fundos eram mais atrativos em 21 cen�rios.
C�lculos do diretor de Estudos e Pesquisas da Anefac, Miguel Jos� Ribeiro, indicam que, com a Selic em 14,25%, os rendimentos da poupan�a se tornam maiores do que os de fundos de renda fixa em cinco cen�rios, envolvendo aplica��es com prazo de resgate de at� um ano em fundos com taxas de administra��o iguais ou maiores que 2,5% ao ano ou em opera��es entre um e dois anos com taxa igual ou superior a 3%. O retorno dos dois se iguala em apenas um dos cen�rios: investimentos em fundos com prazo de retorno acima de dois anos, com taxa de administra��o de 3% ou mais. Com a Selic em 13,75%, a caderneta era mais atrativa em somente dois cen�rios.
Miguel Ribeiro pondera que, apesar de ser menos atrativa na maioria dos casos, a poupan�a se destaca em rela��o aos fundos cujas taxas de administra��o s�o superiores a 2,5% ao ano por n�o pagarem Imposto de Renda nem taxas de administra��o. "Este fato dever� provocar redu��es nos custos das taxas de administra��o dos bancos para n�o perderem clientes", refor�a em relat�rio.
Opera��es de cr�dito
An�lise da Anefac mostra ainda que a eleva��o da taxa b�sica de juros em 0,50 ponto porcentual ter�, assim como das outras vezes, um efeito "muito pequeno" nas opera��es de cr�dito. Pelos c�lculos da associa��o, a taxa de juros m�dia para consumidores subir� 1,01 ponto porcentual, para 124,63% ao ano. J� para as linhas de cr�dito contratadas por empresas, a taxa anual aumentar� 0,74 ponto, para 61,40%. A entidade explica que isso ocorre pois existe um "deslocamento muito grande" entre a Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores, provocando uma varia��o de quase 800% entre as duas pontas.