S�o Paulo, 29 - A decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central de elevar a taxa b�sica de juros de 13,75% ao ano para 14,25% ao ano, anunciada nesta quarta-feira, 29, era esperada pelo mercado. Al�m disso, a mudan�a no comunicado sinaliza que a institui��o deve manter os juros nessa faixa at� pelo menos o primeiro trimestre do ano que vem. A avalia��o � do economista-chefe da Gradual Investimentos, Andr� Perfeito. "Ainda estou com cen�rio de mais uma alta de 0,25 ponto porcentual, encerrando o ciclo de alta dos juros em 14,5% ao ano", afirmou.
Para Perfeito, o novo comunicado do BC, que fala que a "manuten��o desse patamar da taxa b�sica de juros, por per�odo suficientemente prolongado, � necess�ria para a converg�ncia da infla��o para a meta no final de 2016", � uma sinaliza��o de que a autoridade monet�ria deve manter a Selic nessa faixa at� pelo menos o primeiro trimestre do ano que vem. "Eles devem esperar o primeiro trimestre para come�ar a cortar. At� l�, � mais prov�vel que a infla��o comece a ceder", disse o economista, que estima uma Selic de 11,25% ao ano no fim de 2016.
A reuni�o do Copom de hoje, destaca Perfeito, foi cercada de dois eventos muito fortes que ocorreram nesta semana: a redu��o da meta de super�vit prim�rio de 1,1% do PIB para 0,15% e a decis�o da ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor's (S&P), que alterou a perspectiva do rating BBB- do Brasil de est�vel para negativa. "Esses dois fatores ser�o objetos de leitura atenta na pr�xima ata", afirmou.
Em rela��o � decis�o de n�o-participa��o do diretor de Assuntos Internacionais e de Gest�o de Riscos Corporativos, Tony Volpon, na segunda etapa do encontro do Copom, o economista da Gradual diz ver "um certo exagero". "Ele fez um coment�rio, n�o indicou o voto", afirmou.
Volpon declarou recentemente que, "pessoalmente, vou votar para o aumento dos juros at� que nossa proje��o esteja de uma maneira satisfat�ria apontando para o centro da meta".