A Petrobras busca s�cios para assumir investimentos em duas f�bricas que foram adiadas no seu plano de neg�cios. Na lista de ativos que dependem de parcerias est�o a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), em Tr�s Lagoas (MS), e a UFN V, voltada para a fabrica��o de am�nia, em Uberaba (MG).
Os dois projetos est�o com as obras suspensas e est�o sendo negociados com investidores estrangeiros, segundo fontes pr�ximas � negocia��o. Investidores chineses j� teriam demonstrado interesse nos projetos, assim como na conclus�o do Comperj (Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro). O governo prev� concluir as obras do Comperj at� 2022.
A Petrobras confirmou a retirada dos tr�s projetos de seu portf�lio no horizonte de 2019, na divulga��o de seu plano de neg�cio.
Al�m do Comperj, as obras das demais unidades foram contratadas com empresas investigadas na Opera��o Lava Jato. Quatro das empresas respons�veis pelos contratos est�o suspensas de novos neg�cios com a estatal.
Contrato rompido
As obras da UFN-III, em Tr�s Lagoas, foram suspensas em dezembro, quando a estatal rompeu o contrato com o cons�rcio formado pelas empresas Sinopec e Galv�o Engenharia, esta na lista de empresas suspeitas de integrar o cartel investigado na Opera��o Lava Jato.
Com 80% de avan�o f�sico, a paralisa��o foi justificada por descumprimento das cl�usulas contratuais. O projeto, destinado � produ��o de ureia e am�nia, foi or�ado em R$ 4 bilh�es.
Reestrutura��o
Em nota, a Petrobras confirmou que busca a conclus�o da unidade com "uma reestrutura��o do neg�cio que n�o onere a companhia". A estatal avalia que "o mercado nacional de fertilizantes apresentou um recuo na demanda por am�nia", tamb�m principal produto que seria fabricado na UFN-V, de Uberaba. A unidade, com 30% de avan�o nas obras, entrou em "hiberna��o".
"A Petrobras entende que, atualmente, o investimento na constru��o desse projeto, com base na rela��o custo-benef�cio, n�o se mostra adequado em compara��o a outros neg�cios da companhia", informou, em nota. A empresa tamb�m atribui a suspens�o do projeto a diverg�ncias contratuais com a Gasmig, distribuidora de g�s natural controlada pelo governo mineiro, respons�vel pela constru��o de um gasoduto para abastecer a unidade.
A unidade mineira integra o Plano de Acelera��o do Crescimento (PAC) e tinha conclus�o prevista para 2017, com or�amento de R$ 2,09 bilh�es. A obra foi contratada com as empresas Toyo e Setal �leo e G�s, tamb�m investigadas pela Opera��o Lava Jato.
A presidente Dilma Rousseff e a ex-presidente da estatal, Gra�a Foster, participaram do lan�amento da pedra fundamental do projeto, descrito por Gra�a como um modelo para futuras licita��es da Petrobr�s.
Petroqu�mica
No caso do Comperj, o governo trabalha com o prazo de 2022 para a conclus�o de todo o complexo. O tema foi novamente discutida pelo conselho de administra��o, no �ltimo encontro. A diretoria refor�ou que s� concluir� a obra com s�cios, e que j� haveria dois grupos interessados - com investidores chineses e europeus.
Mas uma defini��o s� deve ocorrer no pr�ximo ano. Uma das op��es em an�lise � que a parceria tenha contrapartida com oferta de �leo. O acordo seria ben�fico a investidores chineses, que j� firmaram contrato semelhante com a estatal no passado recente.