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Estado de Minas

Desacelera��o na �rea de petr�leo e g�s n�o ocorre s� no Brasil, diz Mercadante


postado em 05/08/2015 13:16

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse hoje que a desacelera��o das atividades de petr�leo e g�s n�o � exclusivamente brasileira, mas atinge as grandes empresas que atuam no setor no mundo. Admitiu por�m que um segundo impacto, caracter�stico da desacelera��o no Brasil, � provocado pelas den�ncias de corrup��o envolvendo a Petrobras.

Segundo ele, os trabalhos de combate �s irregularidades afetam hoje diretamente os investimentos, mas v�o garantir ganhos, em m�dio prazo, de efici�ncia, governan�a e transpar�ncia.

“O combate � corrup��o traz benef�cios para a empresa e para a sociedade. [Com a opera��o Lava-Jato, da Pol�cia Federal] h� uma recupera��o [de recursos desviados] estimada em R$ 570 milh�es, outros R$ 296 milh�es j� foram devolvidos e a meta de recupera��o � R$ 6,2 bilh�es”, disse. E acrescentou: “A empresa vai ter retomada de efici�ncia, mas agora tem impacto sobre o PIB [Produto Interno Bruto]”.


Ao falar com deputados da Comiss�o de Minas e Energia (CME) da C�mara, sobre a crise da ind�stria naval no Brasil provocada pelas den�ncias envolvendo a estatal, o ministro destacou que o setor j� representou 13% das riquezas produzidas no pa�s, mas hoje sofre com “a queda de investimentos da Petrobras e na constru��o civil”.

Mercadante reiterou que grandes empresas do mundo, como Shell e Technobil, passaram por cortes de investimento em torno de 30% nos �ltimos meses. Segundo ele, o primeiro problema surgiu com o colapso das commodities em agosto de 2014, “que desabaram de pre�o sem perspectiva de recupera��o porque Ir� voltou ao mercado de petr�leo [com proje��o de oferta alta do produto] e isto impacta todas as empresas de petr�leo do mundo e impacta a Petrobras”, explicou.

Deputados da CME t�m tentado ouvir dirigentes da estatal brasileira sobre o impacto das den�ncias envolvendo a Petrobr�s. O deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG), presidente da comiss�o, reclamou que dirigentes da estatal nunca se dispuseram a comparecer �s audi�ncias.

Aloizio Mercadante lembrou sua trajet�ria pol�tica - que inclui passagens por pastas como o Minist�rio da Educa��o, “sem qualquer familiariedade” com o setor da ind�stria naval - para explicar que teve de estudar o assunto nos �ltimos dias para responder alertas como os feitos pelo Sindicato da Ind�stria Naval.

A entidade alertou que, s� em janeiro, tr�s mil postos de trabalho foram fechados. De acordo com a entidade, os cinco estaleiros que t�m contratos com a Sete Brasil - empresa criada para gerenciar a constru��o das sondas a serem usadas pela estatal na explora��o do pr�-sal – est�o em situa��o “cr�tica”.

O ministro explicou que a Sete Brasil � uma “pe�a” importante no desenho criado para a produ��o de sondas no pa�s. A empresa venceu a licita��o para construir 28 sondas, mas, segundo ele, com as den�ncias e a crise do setor, a Sete Brasil teve dificuldade para viabilizar cr�ditos para alavancar essa produ��o.

“As den�ncias, com o impacto da Lava Jato, atrasaram a concess�o de financiamentos de longo prazo e o repasse para os estaleiros”, lembrou o ministro. Segundo ele, a empresa est� adotando uma estrat�gia de reestrutura��o e vai reduzir de 28 para 19 o n�mero de sondas. “Vai ter que fortalecer os estaleiros mais adiantados e vai ter que ter recomposi��o de estrutura acion�ria”, disse.

Segundo Mercadante, apesar de todo o cen�rio, o setor de petr�leo e g�s no pa�s � “promissor”. “Hoje temos 69 mil trabalhadores empregadas pela ind�stria naval, nove estaleiros ativos e outros quatro em constru��o. Temos problemas sim, temos muitos, mas estamos bem melhor do que o momento em que n�o t�nhamos nada”, disse.

Ele ainda destacou que mesmo sem obriga��o regulat�ria, a Petrobras construiu diversas plataformas no Brasil, e o curso de engenharia nas universidades brasileiras est�, hoje, entre as principais demandas de estudantes em raz�o da evolu��o do setor. O ministro ainda citou outras medidas como o fortalecimento do Fundo de Marinha Mercante que tem, atualmente, um total de ativos de R$ 28 bilh�es. “Temos ainda uma grande demanda potencial. De 12 plataformas para a �rea de Libras, h� 12 para a �rea excedente da cess�o onerosa, al�m de plataformas para Lula e Sapinho� [�reas do Pr�-Sal]”, exemplificou.


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