
Minas Gerais e Belo Horizonte perderam o selo de grau de investimento ao terem suas notas de risco revisadas de Baa3 para Ba1, j� considerada uma categoria especulativa. A perspectiva analisada pela Moody’s, no entanto, ficou est�vel para o estado e a capital mineira. As notas de S�o Paulo e da cidade do Rio ca�ram de Baa2 para Baa3, �ltimo degrau da categoria de bom pagador, acompanhando o resultado para o Brasil.
Em comuncado, a ag�ncia informou que a “a deteriora��o em curso na economia brasileira e das condi��es fiscais do governo federal tem um impacto direto no ambiente operacional de estados e munic�pios”. Ainda de acordo com o texto, “as condi��es fiscais dos estados e dos munic�pios brasileiros haviam se enfraquecido em 2014, como reflexo da queda nas receitas e do aumento da rigidez das despesas”.
Assim como foi feito com a perspectiva do rating soberano (do Brasil), a perspectiva dos ratings das institui��es financeiras afetadas pela a��o anunciada ontem foi alterada de “negativa” para “est�vel”. A Moody’s rebaixou de Baa2 para Baa3 os ratings de dep�sito de longo prazo em moeda global das seguintes institui��es: Banco Alfa de Investimento, Banco Bradesco, Banco Citibank, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Banco Mizuho do Brasil, Banco Safra, Banco Santander, Caixa Econ�mica Federal, HSBC Bank Brasil, ING Bank N.V. - S�o Paulo e Ita� Unibanco. O rating de emissor de longo prazo em moeda local e estrangeira da BM&FBovespa foi rebaixado de Baa1 para Baa2.
Um novo rebaixamento do Brasil pelas ag�ncias de classifica��o de risco depende do �xito do governo em buscar a estabilidade fiscal e econ�mica, e de um ambiente pol�tico que ajude, defendeu, ontem, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. “Se n�o melhorar a pol�tica, n�o melhora a economia. Acho que as lideran�as da base, tanto da C�mara quanto do Senado, est�o conscientes desse desafio”, afirmou, na sa�da de uma cerim�nia no Pal�cio do Itamaraty.
Mercadante tamb�m criticou a oposi��o, ao afirmar que ela tamb�m tem um papel importante em assuntos que s�o pol�ticas de Estado. “A oposi��o tem que questionar, fiscalizar, cobrar, mas ela tamb�m tem responsabilidades”, disse o ministro. Ele fez elogios ao presidente do Senado, Renan Calheiros, exaltando sua capacidade de enfrentar crises e a consci�ncia do senador para que a Casa promova a estabilidade do Brasil.
“Ele (Renan) tem respaldo das principais lideran�as e de vozes da oposi��o, que t�m responsabilidade econ�mica e pol�tica”, afirmou.