
A proposta de altera��o foi motivada pelo desligamento de 21 t�rmicas na semana passada, respons�veis pela gera��o de 2 000 megawatts (MW). Por se tratarem das t�rmicas mais caras em opera��o, a economia de custos estimada at� o fim do ano � de R$ 5,5 bilh�es. “As bandeiras tarif�rias sinalizam de maneira imediata para os consumidores, m�s a m�s, os custos de gera��o da energia el�trica”, destacou o diretor da Aneel relator da proposta, Reive Barros, para justificar a redu��o.
De acordo com o relator, a chamada “Conta de Bandeiras” ainda � deficit�ria em R$ 1,25 bilh�o, um passivo considerado normal pelo �rg�o regulador, que espera um equil�brio at� o fim do ano. Segundo Barros, os custos a serem cobertos s�o bastante vol�teis e abrangem, inclusive, quest�es que hoje s�o afetadas por liminares judiciais sobre o risco hidrol�gico (GSF). “Por outro lado, a demanda tem respondido adequadamente, com a redu��o do consumo que tamb�m possibilitou o desligamento das t�rmicas”, completou o diretor.
Segundo o relator, a expectativa � que o novo valor possa ser aprovado no dia 28 de agosto, ap�s a fase de audi�ncia p�blica, que vai at� 24 deste m�s. Para a bandeira amarela n�o h� altera��o, continuando a cobran�a em R$ 2,50 por 100 kWh consumidos. Na bandeira verde n�o h� cobran�a adicional.
Mesmo se a mudan�a para R$ 4,50 for aprovada, ainda assim a “taxa extra” vermelha do setor el�trico continuar� mais cara que a cobran�a prevista originalmente, que era de R$ 3 at� fevereiro deste ano, quando os valores foram reajustados. “A proposta � realista, sem nenhuma aventura. � at� mesmo uma proposta conservadora, j� que existem cen�rios em aberto, com liminares e sem liminares. Se houver mudan�a nos cen�rios, vamos reavaliar o assunto”, alegou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
Na ter�a-feira, a presidente Dilma Rousseff adiantou que a redu��o na bandeira vermelha ficaria entre 15% e 20%. Na ocasi�o, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, explicou que a economia com as t�rmicas ainda n�o seria suficiente para alterar, pela primeira vez, a bandeira para o n�vel amarelo, que ainda n�o foi aplicado a nenhum m�s desde o in�cio da vig�ncia do regime, em janeiro. “Para mudar para a bandeira amarela, seria necess�rio desligar muito mais t�rmicas ainda este ano, o que eu n�o acho prov�vel”, concluiu Rufino.
Doze termonucleares at� 2050
Rio de Janeiro – O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, projeta a constru��o de outras 12 usinas termonucleares no pa�s at� 2050. Conforme o �ltimo plano estrat�gico do setor, divulgado na ter�a-feira em Bras�lia, est�o previstas outras quatro usinas at� 2030, que devem ficar no Sudeste.
Outras oito unidades est�o planejadas para o horizonte de 2050, segundo o ministro Eduardo Braga. “Devemos lan�ar planejamento at� 2050, com outras oito unidades termonucleares. Se o Brasil cumprir todo o cronograma, chegar� com 15 unidades at� 2050”, afirmou o ministro em palestra para militares no Rio.
Braga defendeu a import�ncia estrat�gica das usinas nucleares, para o desenvolvimento da ind�stria com outros fins, como medicinal. Segundo o ministro, o governo ainda est� em fase de estudos para definir o local das usinas, mas elas devem ser concentradas junto ao “centro da carga”, no Sudeste.
“Precisamos ter escala. O s�tio em que provavelmente vamos construir as quatro unidades at� 2030 deve ser no Sudeste, por estar pr�ximo ao centro da carga”, afirmou Braga. Mais cedo o ministro j� havia defendido uma mudan�a no modelo de constru��o de usinas nucleares. Para tanto, � necess�rio uma mudan�a na Constitui��o, que n�o permite parceria p�blico-privada no setor.