Recomposi��o do colch�o fiscal � outro ajuste fundamental, diz Tombini

S�o Paulo, 14 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que um "ajuste fundamental por qual a economia passa � o processo de recomposi��o do colch�o fiscal." Segundo ele, esse mecanismo foi utilizado pelo acionamento de pol�ticas antic�clicas a fim de atenuar os efeitos contracionistas da crise financeira global.

"A atual agenda da pol�tica fiscal tem enfrentado esse desafio por meio de uma s�rie de medidas que incluem, entre outras, cortes de gastos, redu��o de subs�dios, aumento de tarifas p�blicas e recomposi��o de impostos regulat�rios", apontou Tombini. "Embora o processo de recupera��o dos resultados fiscais venha ocorrendo em velocidade inferior � inicialmente prevista, o sentido do ajuste e a determina��o em implement�-lo permanecem os mesmos."

De acordo com o presidente do BC, o compromisso com a "consolida��o fiscal" � pe�a-chave para a retomada da "trajet�ria benigna" da d�vida p�blica. "Nesse sentido, uma trajet�ria de gera��o de super�vit prim�rio que fortale�a a percep��o de sustentabilidade do balan�o do setor p�blico � fundamental para o ambiente macroecon�mico e, portanto, para o crescimento sustent�vel." Para ele, esse � um conjunto de medidas que s�o condi��es necess�rias para fortalecer os fundamentos macroecon�micos do Pa�s.

"Contudo, a constru��o de um futuro mais pr�spero requer tamb�m a��es em v�rias frentes para superar gargalos estruturais � produ��o, acelerar a taxa de crescimento da produtividade e ampliar a oferta." Durante o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, apontou que no contexto de recupera��o da economia mundial, o Brasil enfrentou desafios, sobretudo com mecanismos de "defesas para o enfrentamento de situa��es de maior volatilidade."

Ele destacou "o nosso significativo volume de reservas internacionais e o uso de instrumentos derivativos, como os swaps cambiais, que t�m contribu�do para promover a estabilidade financeira no Brasil." Alexandre Tombini participou hoje do X Semin�rio Anual sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Banc�ria promovido pela Banco Central em S�o Paulo.

Emprego

O presidente do BC tamb�m disse que o processo de distens�o no mercado de trabalho tem se acelerado, arrefecendo a estreita margem de ociosidade no mercado de fatores. Essa transforma��o, que � parte do processo de ajuste macroecon�mico em curso, faz com que a evolu��o da demanda dom�stica de bens e servi�os ajude a conter a din�mica de infla��o.

Tombini apontou ainda que o cr�dito tem crescido em um ritmo mais moderado, com relativa estabilidade em rela��o ao PIB. Isso ocorre de maneira gradual, como � demonstrado pela manuten��o de n�veis baixos de inadimpl�ncia. Ele ressaltou que o sistema financeiro brasileiro est� bem provisionado e l�quido. "Durante esses diferentes ajustes, a contribui��o do Banco Central do Brasil se d� n�o somente pela condu��o da sua pol�tica monet�ria, mas tamb�m pela sua a��o para assegurar a solidez e a efici�ncia do Sistema Financeiro Nacional", afirmou.