
Se voc� gosta de frequentar baladas ou bares em Belo Horizonte, � melhor preparar o bolso. Enquanto a infla��o oficial do pa�s chega a 9,52% nos �ltimos 12 meses, os pre�os nos bares ou casas noturnas subiram um bocado mais. A campe�, com 38,69% de alta em um ano, � a picanha na chapa, que em 2014 era vendida a R$ 42,70, em m�dia, e, neste ano, passou para R$ 59,22. Os valores foram apurados pelo site Mercado Mineiro, em pesquisa feita com exclusividade para o Estado de Minas, em 49 estabelecimentos. Os aumentos n�o param por a�. A por��o de contrafil� aumentou 21,25%, sendo que em 2014 custava R$ 29,51 e passou a custar R$35,78 em 2015. J� as cervejas, queridinhas dos consumidores e as bebidas mais vendidas nos dois tipos de estabelecimento, aumentaram at� 19,50%. � o caso do pre�o m�dio da long neck Budweiser, que custava R$ 5,18 e subiu para R$ 6,19, sempre no pre�o m�dio. A Bohemia passou de R$ 7,71 para
R$ 8,39, alta de 8,82%. A caipivodca tamb�m n�o escapou e teve os pre�os reajustados em 15,34%, passando de R$ 10,30 para R$ 11,88.
Segundo os propriet�rios dos estabelecimentos, os reajustes s�o justificados pela alta consecutiva dos insumos, m�o de obra, al�m da fatura maior na energia el�trica. Com 25 anos de mercado, o s�cio-propriet�rio do Alambique, Henrique Caetano, afirma que, nos �ltimos tr�s anos, fez apenas dois ajustes nos pre�os dos produtos vendidos na casa, o �ltimo em mar�o deste ano. “Estamos segurando o m�ximo que podemos para n�o aumentar os pre�os e perder clientes, mas os fornecedores repassam aumentos quase todas as semanas e chega a hora que n�o d� mais para segurar”, afirma. De acordo com Henrique, em mar�o, apenas as bebidas alco�licas foram reajustadas num percentual de cerca de 9,6%, como o caso da cerveja long neck, que passou de R$ 10,50 para R$ 11,50.

Entre os aumentos registrados na pesquisa est�o a caipirinha, que teve varia��o no pre�o de 15,11% entre julho de 2014 e julho de 2015. No ano passado, a bebida era vendida a R$ 8,80, passando para R$ 10,13 neste ano. O refrigerante em lata tamb�m sofreu altera��o, de 14,59%, passando de R$ 3,70 para R$ 4,24, em m�dia. O presidente o presidente da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG), Fernando J�nior, afirma que os aumentos s�o pontuais e que o setor tem evitado repassar os reajustes para os consumidores por conta do cen�rio econ�mico do pa�s. “A maioria dos estabelecimentos n�o est� conseguindo repassar esses aumentos para o consumidor final, com medo de que o movimento e o consumo caiam, j� que o cen�rio n�o est� favor�vel”, afirma. Ainda de acordo com Fernando, os empres�rios est�o diminuindo a margem de lucro para suportar o arrocho.
DIFEREN�AS A pesquisa feita com exclusividade para o Estado de Minas aponta ainda uma varia��o de pre�os entre um estabelecimento e outro. Entre as diferentes variedades de bebidas, como cerveja, caipirinha e caipivodka, os pre�os mais baratos s�o encontrados, invariavelmente, nos bares e, os mais caros, nas casas noturnas. A caipirinha, por exemplo, apresentou varia��o de 231,67%, com o menor pre�o encontrado, de R$6, no Bar do Tonho, na Regi�o Central, e o maior de pre�o, de R$ 19,90, praticado na casa noturna Woods, no Bairro Vila da Serra e no Chalezinho, no Buritis. A Caipivodka foi encontrada com pre�os entre R$ 8 e R$ 19,90, diferen�a de 148,75%. J� o chopp de 300ml, que custa entre R$ 3,50 a R$ 9, pode variar 157,14%.
De acordo com o diretor-executivo do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, o consumidor deve levar em conta a regi�o do bar e a qualidade dos produtos na hora de analisar os pre�os. “O produto varia muito de estabelecimento para estabelecimento. Os drinks tamb�m variam muito, pois os pre�os variam de acordo com a qualidade da cacha�a com que se faz a caipirinha ou da vodka com que se faz a caipivodka, por exemplo”, afirma.
Procurada pela reportagem, a casa noturna Chalezinho informou, por meio de nota, que a casa cobra valores compat�veis com a qualidade do servi�o que presta. “Vale ressaltar que, ao longo de quase 13 anos de hist�ria e exist�ncia do Clube Chalezinho, nunca houve por parte do p�blico frequentador e, mais especificamente, seu nicho de mercado, atuante contesta��o. H�, na verdade, uma boa aceita��o dos valores praticados pela casa, at� porque, se eventualmente fosse diferente, o Clube Chalezinho buscaria equivaler e atender de forma a satisfazer seus clientes.” A boate Woods e o Circuito do Rock, que administra tr�s casas noturnas em Belo Horizonte, tamb�m foram procuradas pela reportagem, mas n�o se posicionaram.