S�o Paulo, 18 - A desacelera��o do faturamento do setor de servi�os em junho decorreu, principalmente, da queda da demanda das fam�lias e n�o da de empresas. A avalia��o � do economista da RC Consultores, Marcel Caparoz, ao avaliar a alta nominal de 2,1% no faturamento do setor no sexto m�s do ano ante igual m�s de 2014, conforme informou h� pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
"Os servi�os prestados �s fam�lias apresentam desacelera��o forte nos �ltimos tr�s meses", avaliou. De acordo com Caparoz, em janeiro, o avan�o nominal do faturamento dos servi�os contratados pelas fam�lias estava em 8,9% e caiu para 0% em junho, na compara��o com iguais meses de 2014.
Outro fato que corrobora a an�lise, destaca Caparoz, � a alta anual de 7,7% em junho na receita dos servi�os administrativos e complementares, prestados principalmente a empresas. "No ano passado, a crise era mais aguda nas empresas que nas fam�lias. Agora, as empresas j� ajustaram processos, produ��o e j� fizeram a redu��o da demanda", afirmou, apontando o que a fraca base comparativa de 2014 explica o avan�o nominal desses servi�os em junho de 2015.
Para o economista da RC Consultores, a tend�ncia � de que este movimento continue, com o encolhimento da renda das fam�lias comprometendo ainda mais o setor de servi�os. "O impacto forte das fam�lias tende a continuar afetando o resultado geral do �ndice porque n�o tem perspectiva no m�dio prazo de recupera��o do mercado de trabalho", comentou Caparoz. Segundo ele, pesam para este movimento os juros altos, a infla��o pressionando os sal�rios e o avan�o do desemprego, que evidencia o risco de as fam�lias perderem renda e acaba por inibir o consumo.
Outro destaque apontado pelo economista � a diminui��o no volume dos servi�os contratados, uma vez que houve queda na receita, mas houve varia��o negativa de pre�os n�o na mesma magnitude. "O volume apresentou varia��o de -5,4% em junho de 2015 na compara��o com o mesmo m�s do ano passado", diz relat�rio da RC Consultores, com o c�lculo deflacionado do indicador da PMS pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de Servi�os. De acordo com a RC Consultores, j� s�o 16 meses consecutivos de queda do volume de servi�os prestados.
O texto destaca ainda os segmentos que registraram queda mais forte nos volumes contratados: os servi�os de informa��o e comunica��o, com retra��o de 8,9%, seguido pelos servi�os �s fam�lias, com queda de 7,3%, na mesma base comparativa. "A preocupa��o � porque o volume negativo acaba gerando uma necessidade menor de m�o-de-obra, de gera��o de emprego e de gera��o de impostos", explicou Caparoz.