S�o Paulo, 18 - Na contram�o da trajet�ria benigna do grupo Alimenta��o dentro do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da segunda quadrissemana de agosto, o grupo Habita��o surpreendeu negativamente o coordenador do IPC, Andr� Chagas, pesando para que o IPC do per�odo (0,83%) viesse levemente acima da sua expectativa (0,81%).
"Subestimamos o impacto de energia el�trica sobre o grupo", admitiu nesta ter�a-feira, 18, Chagas, em entrevista ao Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado. Habita��o acelerou o avan�o de 1,50% para 1,67% entre a primeira e a segunda quadrissemanas para agosto.
Energia El�trica subiu de 4,50% para 7,93% na segunda quadrissemana, representando o maior impacto individual sobre o IPC, de 0,2674 ponto porcentual. O desempenho continua refletindo o reajuste nas tarifas da Eletropaulo em vigor desde julho, mas que chega agora ao IPC da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe) em raz�o do chamado regime de caixa. Neste sistema, o aumento da tarifa s� afeta a infla��o quando os consumidores pagam suas faturas.
Segundo Chagas, a press�o de energia el�trica sobre Habita��o deve aumentar nas pr�ximas leituras do IPC. "O pico deve ser na quadrissemana que vem ou na seguinte", disse o coordenador. Habita��o tende a fechar o m�s com alta de 1,45%, pelos c�lculos da Fipe.
Al�m de energia el�trica, outro item a pressionar Habita��o foi tarifa de �gua e esgoto, que subiu 7,20%, sendo o segundo maior impacto individual do IPC (0,1214 ponto porcentual). "Mas neste caso, o pior j� passou, pois na leitura anterior o aumento havia sido de 10,65%", afirmou Chagas.
IGS
O avan�o nos pre�os de energia el�trica tamb�m foi o principal vetor para a acelera��o do �ndice Geral de Servi�os (IGS) apurado pela Fipe. O IGS passou de 1,46% para 1,61% entre a primeira e a segunda quadrissemanas do m�s. "Novamente, ficou acima do IPC. Energia tem peso muito maior no IGS", explicou Chagas.