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Estado de Minas

Curso capacita microempreendedor individual a ampliar o neg�cio

No momento de desemprego crescente, projeto-piloto em Minas ser� levado a todo o pa�s


postado em 21/08/2015 06:00 / atualizado em 21/08/2015 07:22

A primeira turma com beneficiários do Bolsa-Família no Sebrae-MG, com 25 participantes, terá hoje a sua formatura(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
A primeira turma com benefici�rios do Bolsa-Fam�lia no Sebrae-MG, com 25 participantes, ter� hoje a sua formatura (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Depois de passar dificuldades para sustentar seus dois filhos, ser despejada de casa por n�o pagar o aluguel, dormir na rua e receber o Bolsa-Fam�lia por mais de cinco anos, Adeandre Paulina dos Santos, de 41 anos, comemora a contrata��o do primeiro funcion�rio em seu neg�cio. Ela � Microempreendedora Individual (MEI) regularizada pelo Sebrae-MG h� tr�s anos e viu, nos �ltimos dois meses, seu neg�cio alcan�ar um crescimento que ela jamais imaginava. O incremento foi poss�vel depois de a microempreendedora participar do curso de forma��o continuada para microempreendedores individuais, promovido pelo Sebrae em parceria com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e a Secretaria de Estado de Trabalho e Assist�ncia Social.


O curso que forma 25 alunos hoje � um projeto-piloto do Sebrae Nacional que visa fortalecer mais de 100 mil MEIs em todo o pa�s at� 2018. A iniciativa surge no momento em que o mercado de trabalho d� sinais de enfraquecimento, com o aumento da taxa de desemprego e do n�mero de trabalhadores informais (trabalhando sem carteira assinada). Em julho a taxa medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) chegou a 7,5%, a maior para o m�s desde 2009 (leia mais abaixo).

De acordo com a analista de capacita��o empresarial e cultura empreendedora do Sebrae Nacional, V�nia Rego a inciativa, partiu de um cruzamento de dados entre o Sebrae Nacional e o Minist�rio do Desenvolvimento Social e Combate � Fome (MDS) que identificou que dos 5 milh�es de MEIs formalizados no pa�s, cerca de 100 mil faziam parte do Cadastro �nico para Programas Sociais, incluindo o Bolsa-Fam�lia. “Identificamos que esse pessoal tem baixa escolaridade e precisa de uma capacita��o mais eficaz. N�o apenas os cursos que o Sebrae j� administrava com dura��o de tr�s ou quatro horas”, afirma.

Exemplo
Adeandre � uma das 100 mil MEIs que ainda recebiam o bolsa-fam�lia, mesmo sendo formalizada pelo Sebrae. Ela conta que come�ou a vida de empres�ria comprando e revendendo produtos de inform�tica pela internet. Mais tarde, quando viu o mercado se fechando, ela come�ou a vender quadros e lousas escolares, h� cerca de tr�s anos. O neg�cio caminhava devagar at� que ela frequentou o curso e aprendeu a fechar parcerias, t�cnicas de vendas, estrat�gias de fideliza��o do cliente, por meio do curso do Sebrae e aumentando assim o alcance da sua marca no mercado.

“Foram dois meses de muito aprendizado. Descobri que fazia muita coisa errada, mudei e acabei dando um salto nas vendas. Foi aqui que eu enxerguei que � poss�vel crescer, quem sabe virar uma microempresa e alcan�ar um crescimento constante”, afirma. A microempreendedora conta que com o aumento do faturamento, hoje ela ganha entre R$ 3 mil e R$ 5 mil com o neg�cio, j� bloqueou o cart�o do Bolsa-Fam�lia e fez a contrata��o da sua primeira funcion�ria com carteira assinada. “Depois de frequentar o curso, vi que posso ir al�m. Agora, j� quero investir e montar a minha pr�pria f�brica, para n�o ficar dependente de fornecedores e fazer um produto com qualidade melhor”, afirma.

Os pequenos neg�cios incluindo MEIs e as micro e pequenas empresas s�o respons�veis por movimentar 27% da economia do pa�s. “Esses empreendedores fazem girar a economia do pa�s e por isso � importante a capacita��o do setor como um todo. Com isso eles vendem mais, ganham mais e movimentam ainda mais a economia brasileira”, revela V�nia. O curso tem 160 horas divididas em aulas pr�ticas e expositivas. A capacita��o teve dura��o de dois meses, com quatro horas di�rias, de segunda a sexta-feira. Os alunos tiveram contato com disciplinas como marketing, finan�as e inova��o.

T�cnicas De acordo com a analista do Sebrae Minas, Michelle Chalub, a metodologia foi constru�da visando o desenvolvimento de habilidades e t�cnicas de gest�o, como negocia��o, atendimento, forma��o de pre�o, planejamento, controle das finan�as pessoais e do neg�cio e sustentabilidade, entre outras. Para participar do curso, o empreendedor precisa ter, no m�nimo, a 4ª s�rie do ensino fundamental completa e ter participado de algum programa de assist�ncia social, como o Bolsa-Fam�lia.

"Aprendi a ter outra postura com os clientes e fazer muita coisa que antes eu n�o entendia. A ideia � aumentar as vendas, ganhar mais para poder cancelar o benef�cio que pode ser concedido a outra pessoa que esteja precisando mais do que eu", Marco Ant�nio Oliveira, pintor (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Pressr)
� o caso do pintor Marco Ant�nio de Oliveira, de 52 anos. Formalizado como microempreendedor, ele produz faixas, placas, desenhos, letreiros e caricaturas, mas ainda n�o conseguiu uma base s�lida de clientes e renda fixa para dispensar o benef�cio do governo. Depois de dois meses fazendo o curso, Marco afirma que os neg�cios come�aram a tomar outra cara e que em poucos meses, � poss�vel que ele cancele o bolsa-fam�lia. “Estou mudando muita coisa na minha empresa. Com o curso, aprendi a ter outra postura com os clientes e fazer muita coisa que antes eu n�o entendia. A ideia � aumentar as vendas, ganhar mais para poder cancelar o benef�cio que pode ser concedido a outra pessoa que esteja precisando mais do que eu”, explica.

Marco conta que antes de fazer o curso vendia cerca de 60 metros de faixa por m�s. Com o reposicionamento, as vendas j� alcan�aram 100 metros. Para V�nia, os casos de sucesso e aumento de vendas est�o diretamente ligados ao curso o que, segundo ela, comprova a efici�ncia do projeto-piloto. Ela diz que n�o houve nenhuma evas�o ao longo dos dois meses e todos os 25 alunos que se formam hoje j� criaram novos projetos a partir do curso para fomentar seus neg�cios. No entanto, V�nia a afirma que ainda n�o h� um cronograma do Sebrae sobre novas turmas em outras cidades e estados.


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