O diretor-geral da ag�ncia de classifica��o de risco Fitch, Rafael Guedes, disse nesta sexta-feira, que o baixo n�vel da nova meta do super�vit prim�rio e a falta de apoio do Congresso na aprova��o de medidas de ajuste s�o fatores negativos para o rating do Brasil, que est� "sob press�o".
"Nunca levamos em considera��o que a meta (do super�vit prim�rio) seria atingida. J� esper�vamos 0,7% ou 0,9% do PIB. Que a meta n�o seria atingida, n�o � surpresa, mas 0,15% do PIB � uma mudan�a de patamar", afirmou Guedes, em semin�rio na C�mara de Com�rcio Americana do Rio (Amcham Rio).
Segundo o executivo, o n�vel da meta de super�vit fiscal muda a trajet�ria para a d�vida p�blica e vai impactar nas futuras decis�es da Fitch sobre a nota do Brasil. A ag�ncia pode fazer uma revis�o para baixo a qualquer momento, mas n�o � obrigada a anunciar uma avalia��o antes de abril de 2016.
Quando fez seu �ltimo an�ncio de rating, em abril passado, a Fitch considerava que o pico da d�vida bruta seria de 64% do PIB e, agora, o pr�prio Minist�rio da Fazenda projeta que o pico ser� 66,4%, acima dos par�metros considerados pela ag�ncia. Segundo Guedes, a Fitch ainda n�o revisou suas proje��es para a trajet�ria da d�vida, mas as estimativas do governo s�o uma sinaliza��o negativa.
Guedes afirmou tamb�m que se o Congresso ter� uma postura construtiva ou n�o, no sentido de aprovar medidas de ajustes, ser� importante para o rating. "O Congresso n�o tem ajudado at� o momento", disse o diretor da Fitch.
Segundo Guedes, a aprova��o final da reonera��o da folha de pagamentos, que passou esta semana no Senado depois de longa discuss�o, "ajuda", mas a proposta inicial do governo foi "aguada" e n�o d� para dizer que a fase de ajustes j� acabou. Al�m disso, propostas de medidas que implicam aumento de gastos t�m passado no Congresso, lembrou o executivo.
