O contingenciamento de recursos do governo federal vai atrasar a obra de amplia��o da pista de pousos do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Com menor disponibilidade de verba, uma parte das obras que deveria ser entregue neste m�s n�o tem mais prazo para conclus�o. A Infraero afirma que a obra n�o ser� paralisada, mas o andamento das atividades ser� mais lento, com n�mero menor de trabalhadores no empreendimento. O corte or�ament�rio atinge ainda obras em aeroportos de Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Goi�nia, Vit�ria e Macap�.
O lenga-lenga da amplia��o da pista de Confins faz parte do projeto de aumento de capacidade do aeroporto internacional para a Copa do Mundo. A obra deveria ter sido entregue at� o in�cio do evento esportivo. Nada feito. Em maio, a Cowan, empresa respons�vel pelas obras, chegou a anunciar a paralisa��o das mesmas devido ao atraso de pagamentos da estatal. A d�vida seria de R$ 3 milh�es. Dias depois voltou atr�s da decis�o e anunciou a continuidade de parte das interven��es previstas em contrato, com previs�o de conclus�o em 90 dias.
O prazo esgota-se neste m�s. Mas a Infraero antecipa n�o ser poss�vel. “Em virtude de reajustes no or�amento do governo federal, o cronograma de conclus�o dos trabalhos est� sendo redefinido”, diz, em nota, a estatal. A BH Airport, concession�ria respons�vel pela administra��o do aeroporto, diz desconhecer o contingenciamento da estatal e afirma que as obras continuam.
Pelo acordo entre Cowan e Infraero, a empreiteira concluiria a extens�o de 600 metros da pista para fazer a jun��o com os 3 mil metros existentes. A empresa j� havia conclu�do a expans�o do p�tio de aeronaves, obra tamb�m prevista no contrato. Depois disso, a BH Airport deveria assumir o restante do projeto.
A negocia��o, no entanto, fica parada at� o fim das obras sob os cuidados da Cowan. A lista inclui reforma completa da atual pista de pouso, reforma do p�tio 1, constru��o de duas novas sa�das r�pidas e reforma das pistas de manobra de avi�es.
Iniciada em fevereiro de 2013, a obra conjunta de p�tio e pista deveria ter sido conclu�da at� abril do ano passado. Com os seguidos atrasos na execu��o do projeto, o prazo foi dilatado para junho de 2016, ou seja mais de dois anos depois da previs�o inicial. A extens�o da pista permitiria a opera��o de aeronaves de grande porte (Boeing 737-400) com carga m�xima.
Contratos Al�m da obra da pista, ainda sob a gest�o Infraero foram assinados outros dois contratos para aumentar a capacidade operacional do aeroporto: a reforma do terminal de passageiros e a amplia��o da unidade de avia��o geral para receber voos comerciais. O primeiro est� paralisado depois das partes terem judicializado a quest�o. O outro aguarda a concess�o de licenciamento ambiental para funcionar. O espa�o dever� ser usado para receber voos internacionais. O aeroporto hoje tem cinco rotas para o exterior: Buenos Aires (Aerol�neas Argentinas), Lisboa (TAP), Cidade do Panam� (Copa Airlines) e Miami (TAM e American Airlines). A partir de novembro, a Azul voar� para Orlando.