
A constru��o de um novo terminal de passageiros � a primeira grande obra prevista na concess�o de Confins. A empresa teria 24 meses a partir da assinatura do contrato, em abril do ano passado, para elaborar projetos de engenharia e executar as obras. Mas, segundo o diretor-presidente da BH Airport, Paulo Rangel, a demora na fase de licenciamento atrasou todo o processo. “Abril j� n�o d� mais”, admite Rangel. Ele imputa a culpa � burocracia na transfer�ncia da titularidade da licen�a das m�os da Infraero para a concession�ria. “O que deveria demorar cinco, 10 dias, demorou seis meses”, afirma.
A expectativa � que o processo de licen�a seja analisado na reuni�o de outubro do Copam – ou mesmo em uma extraordin�ria em setembro. Enquanto isso, a empresa j� iniciou conversas com a Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) para alongar o prazo de entrega da obra. “H� uma caracteriza��o clara no contrato que se n�o cumprir o prazo (de licenciamento) isso � uma responsabilidade do poder concedente”, afirma Rangel. A negocia��o pode evitar uma multa milion�ria ao cons�rcio. A penalidade m�xima estipulada em contrato � de R$ 170 milh�es mais R$ 1 milh�o por dia de atraso.
Para escapar da puni��o, a empresa vislumbra a possibilidade de entregar por etapas o terminal. “Em vez de 17 pontes, podemos inaugurar s� oito”, afirma o diretor-presidente da BH Airport. Em Viracopos, a empresa adotou estrat�gia semelhante. Antes mesmo da libera��o do meio ambiente, a empresa j� contratou as empresas para desenvolver as estruturas met�licas e encomendou elevadores, escadas e esteiras rolantes e pontes de embarque.
Paralelamente aos trabalhos para in�cio das obras do novo terminal, a empresa prepara-se para inaugurar nas pr�ximas semanas o terminal 3 (TPS3). A constru��o est� pronta, faltando apenas a conclus�o do processo de licenciamento. Na �ltima reuni�o do Copam, tr�s integrantes pediram vista. Novo encontro est� marcado para ter�a-feira. “Estamos melhor que l�, mas no caminho do que vem pela frente”, afirma o gestor de Planejamento Operacional da BH Airport, Fernando Nic�cio, em compara��o do TPS 3 com o atual.
Instala��es O Estado de Minas esteve nas novas instala��es do aeroporto. A �rea aumenta em 4,3 milh�es de passageiros por ano a capacidade operacional de Confins. Antes em um espa�o acanhado no terminal 1, o setor internacional passar� a ocupar espa�o com 5,4 mil metros quadrados. S�o 19 balc�es de check-in; 12 cabines de imigra��o no embarque (contra cinco no antigo espa�o) e tr�s esteiras para bagagem. A loja Dutty Free ter� mais que o dobro do espa�o atual. Os aparelhos permitem maior efici�ncia no processamento de passageiros. Ser� poss�vel receber tr�s voos internacionais de uma s� vez. Os passageiros ter�o 400 vagas de estacionamento dispon�veis em frente ao edif�cio. Os passageiros em conex�o ter�o � disposi��o �nibus gratuitos saindo em at� 10 minutos.
A partir da transfer�ncia do voos internacionais para outro espa�o, a BH Airport vai fazer obras no atual setor internacional para receber viajantes de rotas dom�sticas. O espa�o total ser� quase duas vezes maior. As interven��es devem ser entregues tr�s meses depois da desocupa��o, aumentando o espa�o dispon�vel para o vaiv�m em voos nacionais e desafogando a atual sala de embarque at� a constru��o do terminal 2. Hoje, por exemplo, o embarque � remoto � limitado a um voo por vez por causa do meio-fio. A nova configura��o permitir� tr�s opera��es simult�neas.
Al�m disso, a BH Airport j� assume parcialmente alguns retoques no atual terminal. As obras foram contratadas pela Infraero, mas est�o paralisadas � espera de decis�o judicial. Segundo Paulo Rangel, a concession�ria apresentou proposta para o governo federal para assumir por completo o restante das obras mesmo no aguardo da Justi�a. Entre as mudan�as, a empresa deve retirar parte dos jardins que ocupam o primeiro andar e as lojas em ilha (locadoras de ve�culos, casa de c�mbio e outras unidades) para ampliar o espa�o dispon�vel. As lojas ser�o deslocadas para a parede de vidro em frente desembarque.
Infraero vende
A Secretaria de Avia��o Civil (SAC) informou ontem que estuda a venda de parte de sua participa��o nos terminais de Guarulhos, Viracopos, Gale�o, Bras�lia e Confins, todos concedidos � iniciativa privada. A venda, de acordo com a secretaria, faz parte das medidas de “reestrutura��o da Infraero para sanear as contas da empresa e oferecer servi�os de qualidade nos aeroportos que continuar� administrando”. A Infraero tem 49% de participa��o em cada um desses aeroportos e, segundo a SAC, n�o h� defini��o sobre o percentual que seria vendido. A secretaria informou ainda que “a reengenharia da Infraero acontecer� antes da concess�o dos aeroportos de Porto Alegre, Florian�polis, Salvador e Fortaleza”, terminais previstos para serem leiloados no primeiro semestre de 2016.