
Para fechar o dia de paralisa��o, o Sindicato Nacional dos Funcion�rios do Banco Central (Sinal) faz neste in�cio de noite de quarta-feira, um vel�rio da institui��o na frente da sede da autarquia, em Bras�lia. Um caix�o de verdade foi trazido para o local e, em cima dele, folhetos fixados com a frase: "Perda da autonomia administrativa, financeira e operacional". Enquanto isso, no 20º andar, os diretores e o presidente da institui��o, Alexandre Tombini, decidem o rumo da taxa b�sica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano.
A paralisa��o de 24 horas conta com a ades�o de 70% de 1,7 mil funcion�rios em Bras�lia, de acordo com o Sinal. O BC n�o se manifesta sobre a paralisa��o. Entre os pedidos dos grevistas est�o equipara��o salarial entre analistas e procuradores do BC, restabelecimento da propor��o de 50% entre subs�dio t�cnico e de analista e inclus�o do "b�nus de desempenho" na estrutura remunerat�ria. Desde cedo, houve atividades l�dicas na frente da sede do BC, como show musical e m�gica, al�m de distribui��o de comidas e bebidas.
O Sinal divulgou tamb�m um comunicado � sociedade com o t�tulo "Banco Central em greve: a quem interessa um banco central fragilizado?", que fala sobre o poss�vel desmonte da institui��o. O comunicado aponta que "nos �ltimos anos tem-se acompanhado um silencioso desmonte do Banco Central, entidade que cuida da oferta de moeda e da estabilidade do sistema financeiro, que culmina com a perda do status de minist�rio e a remunera��o inferior dos seus quadros funcionais, em rela��o a advogados e auditores da receita federal".
O sindicato alerta ainda para a forte redu��o no n�mero de servidores, levando, segundo a entidade, ao menor quadro desde 1975. Cita tamb�m que "coment�rios maldosos feitos por membros do pr�prio governo est�o minando a capacidade da institui��o de preservar o poder de compra da moeda e cuidar da estabilidade do sistema financeiro". "No dia hoje, ocasi�o da reuni�o do Copom, os servidores do BC em todo o pa�s, cruzaram os bra�os em protesto ao descaso com uma das mais importantes institui��es do pa�s, fundamental para reconduzir a economia para os trilhos da estabilidade".