Londres, 03 - A nova edi��o da revista The Economist que chega �s bancas neste fim de semana destaca o enfraquecimento do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e os riscos que o Brasil enfrenta ao entregar para o Congresso a responsabilidade de resolver parte dos problemas fiscais. Para a revista, a perda de espa�o e prest�gio de Levy nas recentes negocia��es sobre o tema "� um mau press�gio".
Com o t�tulo "Tempos desesperados, movimentos desesperados", a reportagem sobre o Brasil � a principal da editoria "Am�ricas" da edi��o desta semana. Para a revista, a presidente Dilma Rousseff, que sofre com o cen�rio econ�mico desfavor�vel, jogou o desafio de resolver as contas p�blicas ao Congresso.
A publica��o nota que a decis�o "enfraquece o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que teria feito lobby para mais cortes de gastos e era uma figura reconfortante para os mercados". A Economist nota que Dilma n�o tem conseguido entregar bons resultados econ�micos desde 2010 e que muitos atribu�am os problemas ao ex-ministro Guido Mantega. "Substitu�-lo por Levy era supostamente para corrigir esse problema; essa perda de prest�gio � um mau press�gio".
A revista nota que o governo tem pouco espa�o para reagir e cita que cerca de 90% do Or�amento tem destina��o preestabelecida. "Se o governo fosse forte e confiante, poderia reconhecer a necessidade de aumento da d�vida no curto prazo. Mas para empurrar as reformas para o Congresso seria preciso ter vontade e capital pol�tico e isso n�o foi feito durante os anos do boom do Brasil, quando teria sido mais f�cil."
Diante desse cen�rio, a revista cita o economista Mansueto Almeida, que diz que "o mist�rio" � saber por que o Brasil ainda n�o perdeu o grau de investimento.