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Estado de Minas

Arm�nio Fraga diz que o pa�s segue um 'caminho insustent�vel'


postado em 03/09/2015 17:31 / atualizado em 03/09/2015 18:48

O ex-presidente do Banco Central Arm�nio Fraga evitou comentar os riscos e rumores de uma eventual sa�da do atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ap�s desgastes no governo. Para o economista, o Pa�s segue um "caminho insustent�vel" e que n�o h� uma "resposta mais completa e mais convincente" sobre o quadro de crise econ�mica. Fraga avalia que o Brasil enfrenta, tamb�m, uma crise "pol�tica e policial", em fun��o dos desdobramentos da Opera��o Lava-Jato.

"Levy � uma pessoa important�ssima. Essa � uma quest�o pol�tica, n�o sou pol�tico", despistou Fraga ap�s participar de palestra na Funda��o Get�lio Vargas (FGV), no Rio. "Estamos vivendo um momento muito tenso por v�rias raz�es, economia em recess�o, crise pol�tica, crise policial. Espero que isso se corrija. A mistura de incerteza econ�mica com incerteza pol�tica faz com que, na pr�tica, a pol�tica domine hoje", afirmou.

Questionado se ele enxerga uma sa�da pol�tica para a situa��o, Fraga indicou que "no momento, n�o". Para ele, "algumas boas propostas" foram apresentadas, mas ainda n�o come�aram a gerar resultados.

"Enquanto pa�s, temos uma voca��o para fazer marola sem abordar as quest�es. Essa confus�o toda atrapalha. As pessoas est�o preocupadas com muitos assuntos ao mesmo tempo e n�o conseguem dar uma resposta mais completa e convincente nesse quadro de crise. N�o adianta tapar o sol com a peneira, � preciso dar uma resposta � altura", afirmou.

Para Fraga, a proposta de or�amento do governo para 2016, com d�ficit de cerca de R$ 30 bilh�es, "p�e press�o" ainda maior sobre a crise atual. "A sensa��o � que a responsabilidade fiscal est� suspensa. O caminho � insustent�vel. � aritm�tica, �bvio. N�o tem como ter juros de 7% fazendo a d�vida crescer. At� onde isso pode ir? Ningu�m acredita que vai continuar para sempre. A quest�o � o que fazer e como", disse.

O economista defendeu ainda que o Banco Central atue para alcan�ar a meta de infla��o, mas sinalizou que, sozinha, a institui��o n�o conseguir� melhorar o cen�rio macroecon�mico. "O Banco Central tem que perseguir a meta de infla��o. E tem que contar com a colabora��o de outras �reas do governo, tipicamente a �rea fiscal. As coisas est�o ligadas", pontuou.

Fraga ainda indicou que h� risco de o pa�s perder o grau de investimento, mas enfatizou que n�o � o principal problema da economia hoje. "N�o sou obcecado com essa quest�o. Est� em risco, com certeza. Mas � um aspecto limitado da coisa, diz respeito � capacidade de o Brasil pagar sua d�vida externa. Me preocupo com o quadro geral", concluiu.


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