O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na quarta-feira, 9, em entrevista ao Jornal da Globo, que a li��o do rebaixamento do rating do Brasil pela Standard & Poor's � a de que os agentes est�o entendendo a necessidade de fazer escolhas dif�ceis para que o Pa�s queira readquirir o equil�brio fiscal. "N�o � s� dizer que vai cortar ou pedir para a popula��o assinar um cheque em branco para o governo", disse Levy durante entrevista ao vivo. "Precisamos nos decidir. A consequ�ncia (do rebaixamento) � olharmos para n�s mesmos e decidirmos o que a gente quer. N�o adianta empurrar o problema", afirmou.
Levy defendeu o Or�amento do governo, lembrando que os cortes j� feitos levaram os gastos discricion�rios ao n�vel nominal de 2013. Para ir al�m na redu��o das despesas, continuou, uma contribui��o deve vir do pr�prio Executivo na melhora da gest�o de programas sociais. Outras iniciativas depender�o da aprova��o do Congresso, como a cria��o de uma idade m�nima de aposentadoria, ideia que est� em discuss�o no parlamento. "As pessoas precisam entender que, se n�o aprova, nossa d�vida piora, o cr�dito diminui", disse.
O ministro tamb�m defendeu a presidente Dilma Rousseff, afirmando que ela n�o teve receio de colocar sua popularidade em risco ao tomar "as medidas certas e que j� est�o dando resultado", como a libera��o dos pre�os represados e o ajuste do c�mbio. Levy afirmou ainda que uma agenda que olhe para al�m da crise j� existe, como as reformas do ICMS, do PIS/Cofins e outros itens da Agenda Brasil.
"O Pa�s tem maturidade e demonstrou v�rias vezes que consegue superar desafios", disse Levy. "Vamos voltar ao nosso lugar, entre os melhores."