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Estado de Minas

Crise pol�tica pesou no rebaixamento


postado em 10/09/2015 08:01 / atualizado em 10/09/2015 08:30

A ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor’s (S&P) foi a primeira a conceder ao Brasil o grau de investimento, em 2008. Agora, � tamb�m a primeira a retir�-lo. A crise econ�mica que o Pa�s atravessa foi, claro, o ingrediente fundamental. Mas a crise pol�tica - sem sinais de melhora diante das declara��es recentes de lideran�as do Congresso - teve peso importante para o rebaixamento.

"Os desafios pol�ticos do Brasil continuam a aumentar, pesando sobre a capacidade e a vontade do governo em apresentar um or�amento para 2016 ao Congresso coerente com a corre��o pol�tica significativa sinalizada durante a primeira parte do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff", disse a ag�ncia no comunicado divulgado na quarta-feira, 9, no in�cio da noite.

A S&P rebaixou o rating do Brasil de BBB- para BB+ e manteve a perspectiva negativa da nota. A perda do grau de investimento � um duro golpe para o Pa�s, depois de um trabalho de mais de uma d�cada para conseguir esse feito, j� que o Pa�s carregou por muito tempo o estigma de ter pedido morat�ria da d�vida externa na d�cada de 80.


A ag�ncia prev� para o Brasil dois anos de retra��o da economia: para 2015, a proje��o � de queda de 2,5% no PIB, e, para 2016, de 0,5%. Segundo a S&P, o Brasil s� voltar� a crescer, ainda que modestamente, em 2017.

"Acreditamos que o perfil de cr�dito do Brasil enfraqueceu ainda mais desde 28 de julho, quando revisamos a perspectiva do Brasil para negativa. Naquele momento, sinalizamos riscos maiores de execu��o para as mudan�as pol�ticas corretivas j� em andamento, resultantes principalmente das din�micas fluidas no Congresso associadas ao alastramento dos efeitos das investiga��es sobre corrup��o na estatal de energia Petrobr�s. N�s agora vemos menos convic��o, dentro do gabinete da presidente, sobre a pol�tica fiscal", diz o comunicado da S&P.

Or�amento

Para a ag�ncia, "a proposta de or�amento para 2016 apresentada em 31 de agosto incorporou mais uma revis�o das metas fiscais do governo em um per�odo curto de tempo. O or�amento proposto se baseia em um d�ficit prim�rio de 0,3% do PIB, ao inv�s da meta revisada anteriormente de super�vit de 0,7% do PIB, que havia sido anunciada em julho. Essa mudan�a reflete diverg�ncias internas sobre a composi��o e a magnitude das medidas necess�rias para corrigir a derrapagem nas finan�as p�blicas".

A preocupa��o � com o aumento do endividamento p�blico. O relat�rio da S&P tamb�m diz que, "sem um desempenho inesperadamente melhor, a meta fiscal proposta no or�amento geraria tr�s anos consecutivos de d�ficits fiscais prim�rios e uma eleva��o cont�nua da d�vida l�quida geral do governo".

"N�s agora temos a expectativa de que o d�ficit geral do governo suba para uma m�dia de 8% do PIB em 2015 e 2016, antes de declinar para 5,9% em 2017, versus 6,1% em 2014. N�o temos a expectativa de um super�vit prim�rio em 2015 ou em 2016. Uma carga de juros elevada (e em decl�nio lento), tendo em vista taxas de juro elevadas e o impacto de um real mais fraco nos swaps cambiais em poder do mercado, contribui para o d�ficit grande", afirma.

A S&P previu que a d�vida do governo, descontados os ativos l�quidos (sem incluir as reservas internacionais), v� crescer para 53% do PIB neste ano e para 59% no pr�ximo ano, de 47% em 2014. A ag�ncia disse ainda que as perspectivas de crescimento para o Brasil s�o inferiores �s de pa�ses em um est�gio semelhante de desenvolvimento, apesar dos esfor�os do governo com o ajuste fiscal e a aproxima��o dos setores produtivos.

"N�s n�o vemos que estas medidas tenham melhorado o sentimento empresarial. Parece agora que o Brasil est� mais longe de uma mudan�a para um crescimento positivo at� que algumas incertezas pol�ticas sejam resolvidas", diz a ag�ncia.


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