Rio, 10 - Com a queda nos tributos que incidem sobre a energia el�trica, o item, que foi o protagonista da infla��o no primeiro semestre do ano, se tornou uma influ�ncia importante na desacelera��o do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) em agosto, afirmou nesta quinta-feira, 10, a coordenadora de �ndices de Pre�os do IBGE, Eulina Nunes dos Santos. "Com a queda no PIS/Cofins, a energia ajudou muito na desacelera��o", disse.
A queda de 0,42% na energia el�trica gerou uma contribui��o negativa de 0,02 ponto porcentual no IPCA, que avan�ou 0,22% em agosto, o menor resultado para o m�s desde 2010.
Apesar disso, a energia el�trica continua sendo uma press�o relevante no resultado da infla��o em 12 meses. A alta no administrado j� chega a 54,45%, apontou o IBGE, com repercuss�o sobre outros grupos de pre�os.
"Os agricultores tamb�m atribuem � energia el�trica a demora para os efeitos da oferta grande aparecerem nos pre�os de alimentos", disse Eulina.
D�lar e alimentos
De acordo com Eulina, a eleva��o do d�lar ante o real pressionou os custos de agricultores, o que atrasou a queda nos pre�os dos alimentos vista geralmente no meio do ano. S� em agosto que se viu uma estabiliza��o nos pre�os de alimentos, com recuo de 0,01%, no �mbito do IPCA.
Em julho, o grupo Alimenta��o e Bebidas havia subido 0,65%, comportamento bem diferente de julho de 2014, quando havia ca�do 0,15%. "Neste ano, vimos um atraso nesse resultado mais moderado no comportamento dos alimentos. O d�lar pressionou nos meses anteriores e,com isso, embora a safra e a oferta estejam grandes, os agricultores v�m sentido os custos dos insumos, fertilizantes, adubos, cujos pre�os s�o em d�lar", disse Eulina.
"O d�lar pode ter impedido que o efeito de pre�os mais moderados ocorresse no meio do ano. Isso est� acontecendo agora. Pode ser que a influ�ncia tenha ficado menor, ou os custos em d�lar n�o foram f�ceis de passar, ou acabaram agora", acrescentou a coordenadora.
Entre os principais impactos no sentido de queda sobre os alimentos figuraram a batata-inglesa (-14,75%), o tomate (-12,88%) e a cebola (-8,28%). Juntos, eles tiraram 0,10 ponto porcentual do IPCA de agosto, que subiu 0,22%. Segundo Eulina, batata-inglesa e cebola, assim como feij�o e outros produtos, est�o em �poca de safra.
"Mas v�rios desses produtos, apesar da queda em agosto, continuam mais caros, pesando no or�amento das fam�lias", destacou Eulina.
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Com queda em PIS/Cofins, energia ajudou muito na desacelera��o do IPCA, diz IBGE
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