O rebaixamento no rating soberano do Brasil pela ag�ncia de classifica��o de riscos Standard & Poor's � mais um fator de retra��o no mercado imobili�rio e de constru��o civil, afirmou o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes. O executivo disse que a perda do grau de investimento aumenta as incertezas nos empres�rios e eleva os custos de capta��o de recursos, podendo inibir os investimentos.
"J� estava dif�cil e, agora, as empresas ter�o cautela dobrada. Para os compradores, � semelhantemente negativo. Todo mundo l� como uma m� not�cia", afirmou o executivo. Para novos projetos, como lan�amentos imobili�rios, o rebaixamento � mais uma fator para a retra��o, o que inclui tamb�m as dificuldades macroecon�micas.
O executivo n�o acredita, entretanto, em um grande impacto no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), por ser uma �rea priorit�ria como educa��o e sa�de. "Tem outras �reas que podem ser cortadas. � preciso que a retirada do grau de investimento aumente as discuss�es sobre o tamanho do Estado e a inefici�ncia da eleva��o de impostos", afirmou.
Minha Casa Minha Vida
O governo deve se encontrar nesta quinta-feira, com representantes do setor para apresentar suas propostas sobre a nova etapa do programa. No entanto, o evento n�o tem sido considerado como um lan�amento oficial e h� d�vidas sobre o conte�do a ser divulgado. Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, o encontro deve trazer atualiza��es sobre a situa��o das obras j� contratadas e os seus pagamentos �s empresas participantes do programa.
Al�m disso, hoje deve ser iniciado o processo de discuss�o de algumas diretrizes, como limites de pre�os, nas faixas 2 e 3, que utilizam recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�os (FGTS). Por outro lado, h� pouca expectativa de novidades na faixa 1, que obt�m subs�dio de fundos do Tesouro.
"Subsidiamos tecnicamente o governo nos �ltimos meses, mas sempre fica a d�vida sobre o que ser� contemplado pela proposta do governo", afirmou Petrucci. O Secovi-SP defende que o limite de pre�o de im�veis na cidade de S�o Paulo seja elevado de R$ 190 mil para R$ 235 mil.
"Isso n�o � valoriza��o imobili�ria, mas apenas a reposi��o de valor sobre a infla��o", acrescentou. O evento tem sido chamado de uma reuni�o por representantes do setor e Petrucci lembrou que, no lan�amento das fases anteriores, houve grandes cerim�nias com diversos convidados, o que n�o � o caso desta quinta-feira.