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Estado de Minas

Empresas investem na inova��o para aumentar competitividade

T�cnicas de �ltima gera��o ganham cada vez mais for�a no setor de explora��o mineral no Brasil


postado em 14/09/2015 06:00 / atualizado em 14/09/2015 07:32

Especialistas avaliam que a retomada do crescimento do país passa necessariamente pelos investimentos na mineração(foto: Agência Vale/Divulgação - 2013 4/4/14)
Especialistas avaliam que a retomada do crescimento do pa�s passa necessariamente pelos investimentos na minera��o (foto: Ag�ncia Vale/Divulga��o - 2013 4/4/14)
A minera��o ocupa lugar de destaque entre as principais atividades de exporta��o na economia brasileira. Entre as 25 empresas que mais venderam produtos para outros pa�ses no primeiro semestre de 2015, cinco est�o ligadas ao setor. Em compara��o com o mesmo per�odo do ano passado, as maiores companhias nacionais venderam entre janeiro e junho cerca de 14% a menos, resultado que reflete o mau momento da economia. A retomada do crescimento nacional e dos investimentos em infraestrutura passa diretamente pela minera��o. Entidades e empresas se movimentam para acelerar essa retomada e apostam na inova��o como gatilho para aumentar a efici�ncia e a competitividade das mineradoras brasileiras no mercado internacional.


Entre as t�cnicas que se espalham de norte a sul do pa�s est� o reaproveitamento de rejeitos miner�rios. Por meio de t�cnicas mais refinadas de separa��o, materiais que antes eram descartados passam a ser explorados, reduzindo o montante inutilizado nas minas. “O setor investe alto para dominar novas tecnologias que permitam a atividade de forma mais eficiente e sustent�vel. H� 20 anos, uma grande parte do material que era considerado rejeito ficava depositada em pilhas e mais pilhas que eram descartadas. Hoje, podemos separar melhor os minerais, por isso temos m�quinas trabalhando nessas pilhas e transformando esse material em algo utiliz�vel”, explica Rinaldo Mancin, diretor de Assuntos Ambientais do Instituto Brasileiro de Minera��o (Ibram).

Segundo Mancin, a preocupa��o com o meio ambiente se tornou crit�rio de competitividade internacional entre as empresas mineradoras. Dessa forma, os investimentos em inova��es voltadas para a sustentabilidade ganharam for�a no setor. “Existe uma competi��o mundial e as empresas querem estar bem colocadas nos rankings de sustentabilidade. Est�o no Brasil as empresas mais bem colocadas nos crit�rios de responsabilidade ambiental”, afirma o diretor.

As aten��es de engenheiros e pesquisadores se voltam tamb�m para tecnologia rob�tica para a sondagem de terrenos e para o uso de c�meras em 3D para o mapeamento dos solos, o que permite proje��es precisas sobre as riquezas minerais de cada regi�o. “� com a tecnologia que vamos competir. Estamos passando por um momento c�clico, com queda geral nos pre�os das commodities, mas n�o houve redu��o de volumes produzidos. A produ��o do setor continua alta e o potencial geol�gico do Brasil � imenso. Nossa cultura miner�ria vem de mais de tr�s s�culos e toda a minera��o brasileira foi desenvolvida com tecnologia nacional”, ressalta Jos� Fernando Coura, presidente do Ibram.

QUALIDADE Nos �ltimos anos, a m�o de obra qualificada para o setor de extra��o mineral deu um salto significativo no mercado de trabalho brasileiro gra�as a parcerias com as federa��es das ind�strias em v�rios estados. O aumento do n�mero de profissionais na �rea representou um acr�scimo na qualidade dos estudos sobre territ�rios minerados no Brasil. Mapeamentos completos sobre solos t�m permitido a otimiza��o do processo miner�rio.

“H� algumas d�cadas, ao fazer um mapeamento profundo de um solo as equipes conseguiam poucos atributos sobre o que ir�amos encontrar nas extra��es. Hoje temos um conhecimento cada vez mais detalhado em rela��o ao tipo de solo, quais rochas est�o presentes, as propriedades f�sicas, quantidade de enxofre ou outras composi��es nos m�nimos detalhes. Temos o DNA completo do min�rio”, conta o presidente da Ag�ncia para o Desenvolvimento Tecnol�gico da Ind�stria Mineral Brasileira (Adimb), Marcos Andr� Gon�alves.

Projeto da Vale no Pará vai beneficiar o minério a seco, dispensando a construção da barragem de rejeitos(foto: Salviano Machado/divulgação)
Projeto da Vale no Par� vai beneficiar o min�rio a seco, dispensando a constru��o da barragem de rejeitos (foto: Salviano Machado/divulga��o)
Para superar a estiagem

A preocupa��o com a falta de �gua, que se tornou recorrente nos �ltimos anos devido aos longos per�odos de estiagem, desperta a criatividade das empresas. Entre as t�cnicas mais recentes e inovadoras est� o processo de beneficiamento a seco do min�rio de ferro, que j� vem sendo adotado no projeto da Vale, em Cana� dos Caraj�s, no Par�. A tecnologia, que usa a umidade natural do min�rio, dispensa a constru��o de barragens de rejeitos e reduz o impacto no meio ambiente, reutilizando 85% da �gua captada nas instala��es do projeto e reduz em 93% o consumo de �gua em rela��o aos processos convencionais.

“A falta de chuvas nos �ltimos anos e as redu��es nos reservat�rios geram uma preocupa��o de forma geral para todos os setores. E o panorama clim�tico ainda � preocupante. Na minera��o, a quest�o da �gua vem sendo discutida h� anos e as entidades buscam solu��es e avan�os para seu uso de forma racional. O beneficiamento a seco � um dos avan�os que v�m sendo discutidos e a primeira implanta��o est� em andamento em um projeto da Vale, no Par�”, diz Rinaldo Mancin.

Usada nos principais projetos de explora��o em territ�rio brasileiro, o uso dos circuitos fechados de �gua tem sido uma das maneiras de evitar o desperd�cio. A �gua passou a ser usada em v�rios processos da lavra e no resfriamento da produ��o, reduzindo a quantidade usada no processo. Outro m�todo difundido entre as mineradoras brasileiras � a capta��o e armazenamento de �gua de chuva para diminuir a retirada da �gua superficial e reduzir a energia gasta com o bombeamento de �gua de outras fontes. “Cada vez mais a �gua � um ativo caro e por isso as empresas buscam novas formas de reutilizar esse recurso. Hoje, 85% da �gua usada � reutilizada. O que era disperso em um rio passou a ser usado em circuitos fechados, evitando que a �gua escape”, avalia Mancin.


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