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Estado de Minas

Fed mant�m juros, para al�vio do Brasil

Banco central dos EUA opta por n�o mexer na taxa praticada no pa�s. Infla��o baixa e economia mundial pesaram na decis�o


postado em 18/09/2015 06:00 / atualizado em 18/09/2015 07:26

Bras�lia – Os operadores do mercado financeiro do Brasil respiraram aliviados ontem com a decis�o do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de manter a taxa b�sica de juros do pa�s entre zero e 0,25%, o mesmo patamar em que se encontra desde 2008, no auge da crise global. Apenas um dos nove integrantes do Comit� de Pol�tica Monet�ria do Fed (Fomc, na sigla em ingl�s) foi contr�rio � decis�o. Houve, por�m, motivos para preocupa��o do mercado nos coment�rios oficiais que se seguiram � iniciativa.

Em seu comunicado divulgado no fim do encontro, os integrantes do Fomc embasaram a decis�o com o argumento de que a infla��o norte-americana est� abaixo da meta de 2% ao ano. Chamaram aten��o tamb�m para o risco de que “os recentes eventos financeiros e econ�micos globais possam limitar de alguma forma a atividade econ�mica”.

A refer�ncia � conjuntura a global � algo raro nos comunicados do Fed, e suscita a preocupa��o de que a economia mundial esteja em situa��o pior do que registram os radares dos analistas. A avalia��o foi refor�ada pela presidente do Fed, Janet Yellen. Em entrevista ap�s a reuni�o, ela disse que a situa��o internacional pode pressionar a infla��o ainda mais para baixo.

O d�lar chegou a R$ 3,90, mas caiu em rela��o depois da decis�o da autoridade monet�ria dos Estados Unidos. Acabou o dia, por�m, cotado a R$ 3,88, o maior patamar desde outubro de 2002, com valoriza��o de 1,25% em rela��o � v�spera.
Para analistas, a decis�o do Fed foi boa para o dia, mas ruim para o ano. A manuten��o da taxa b�sica de juros � um al�vio pois, se fosse decidida a alta, haveria fuga de capitais do Brasil e de outros mercados emergentes, com investidores seduzidos pela seguran�a dos Estados Unidos caso o pa�s se tornasse um pouco mais rent�vel.
“Para n�s, � algo muito positivo, pois evita a sa�da de recursos e aumento da volatilidade aqui”, afirmou a consultora da �rama Sandra Blanco. Ela reconhece, por�m, que muitos analistas veem com receio o fato de a taxa b�sica norte-americana j� estar baixa h� tanto tempo. “� um sinal de que esse instrumento n�o tem sido suficiente para estimular a economia”, afirmou.

INCERTEZAS
Renato Nobile, presidente da Bullmark, chama aten��o para a alta preocupa��o com a economia global demonstrada pela autoridade monet�ria dos EUA. “O problema � que as palavras-chave do comunicado indicam a manuten��o da incerteza e do pessimismo nos mercados globais”, afirmou. Para ele, o d�lar continua com a tend�ncia de alta e vai chegar a R$ 4 em um per�odo entre um m�s e 45 dias. E vai manter muita volatilidade at� l� e depois disso. O gerente de c�mbio da �talo Abucater tamb�m aposta que a barreira dos R$ 4 ser� alcan�ada nas pr�ximas seis semanas. “E vai da� para mais”.

A bolsa de valores brasileira operou ontem com forte volatilidade. Encerrou o dia zerada em rela��o � quarta-feira. Mas chegou a cair 0,97% na m�nimia e bater em 1,74% de valoriza��o na m�xima. Para Nobile, essa alta n�o foi um movimento saud�vel. “� algo puramente especulativo. H� de fato muita coisa barata na bolsa atualmente. Mas com o quadro de incertezas do pa�s, n�o achamos que seja o momento de os investidores entrarem ainda”, argumentou. Sandra Blanco vai na mesma linha. “Recomendamos prote��o e cautela. O mercado vai continuar muito vol�til. Apenas no final de 2016 � que se pode contar com alguma melhora”, previu.


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