S�o Paulo, 23 - O risco percebido pelo investidor sobre o Brasil, medido pelo CDS (Credit Default Swap), teve na ter�a-feira, 22, o maior avan�o em pontos em apenas um dia desde o in�cio do segundo mandato de Dilma Rousseff. O contrato de prote��o contra eventual calote (CDS) para 5 anos avan�ou 34,84 pontos do fechamento de segunda para ter�a-feira, segundo dados do Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado. Fechou em 462,5 pontos na ter�a-feira, dia em que o d�lar � vista chegou a exceder os R$ 4,06 na cota��o intraday. A moeda americana fechou a sess�o em R$ 4,05, o maior valor de fechamento desde a cria��o da moeda em 1994.
No auge da crise pol�tica do in�cio do ano, quando milhares de pessoas foram �s ruas para o primeiro protesto no dia 15 de mar�o, o CDS fechou bem abaixo desse valor. No dia 16 de mar�o, ficou em 307,75 pontos.
Nas �ltimas sete semanas, o aumento foi de mais de 158 pontos, uma varia��o de 52%. No dia 4 de agosto, estava em 303,84 pontos. Na avalia��o de um importante e bem-sucedido gestor de fundos brasileiro, aquele patamar j� precificava a perda do grau de investimento. Aparentemente, n�o estava totalmente.
Com o rebaixamento da Standard & Poor's, anunciado ap�s o fechamento do mercado financeiro no Brasil do dia 9 de setembro, o CDS subiu para 391 pontos no dia 10. Ou seja, de l� para c�, o risco percebido pelos agentes econ�micos avan�ou 71,5 pontos.
A deteriora��o da percep��o de risco do Brasil em 2015 � acachapante. No dia 2 de janeiro, o CDS para cinco anos encerrou o dia em 202,32 pontos, segundo dados do Broadcast. De l� para c�, mais do que dobrou. Com esse avan�o, superou o CDS de pa�ses com embargo comercial, como a R�ssia.